Alteração do horário de encerramento da campanha de ACJ cria constrangimentos a Massanga Savimbi

O acto de encerramento da campanha para a disputa à Presidência da UNITA, realizado nesta quarta-feira, 26, ficou marcado por criar constrangimentos, após uma alteração inesperada de horário por parte da equipa de Adalberto Costa Júnior.

A mudança acabou por interferir directamente no encerramento da campanha de Rafael Massanga Savimbi, que estava igualmente programado para ocorrer no Sovismo, embora em horários distintos.

Inicialmente, estava previsto que Adalberto Costa Júnior realizasse o seu acto às 14 horas, enquanto a actividade de Massanga Savimbi estava agendada para as 17 horas, conforme constava na nota enviada aos órgãos de comunicação social.

No entanto, o evento de ACJ só teve início depois das 16 horas, e prolongou-se para além das 17h40, momento em que o candidato discursou perante uma plateia composta por militantes e simpatizantes, num ambiente claramente pensado para um grande acto político de massas.

Entretanto, a alteração do horário, obrigou a equipa de Rafael Massanga Savimbi a alterar completamente os seus planos.

Diante da impossibilidade de utilizar o espaço do Sovismo conforme previsto, tanto por conta do tempo, mas também pela presença massiva da imprensa concentrada no acto de ACJ, a comitiva de Massanga viu-se forçada a procurar um local alternativo, e a solução encontrada, foi uma pequena sala numa unidade hoteleira situada nos arredores do município de Viana, onde a conferência de imprensa só pôde ter início após as 19 horas.

Confrontado pelos jornalistas sobre se, considerava a situação como um acto de sabotagem ao encerramento da sua campanha, Massanga Savimbi evitou alimentar uma narrativa de conflito directo. Limitou-se a afirmar que “tudo se devia a um cruzamento de agendas”. Ainda assim, deixou evidente a sua insatisfação pelo facto de não ter podido realizar o seu encerramento no Sovismo, que descreveu como “quartel-general” e ponto de referência natural para os seus militantes.

Segundo Massanga, a preferência pela realização das actividades no Sovismo deve-se à familiaridade do espaço para os apoiantes, e à facilidade na localização que proporciona.

Acrescentou ainda lamentando novamente, tal como no dia anterior, que a coincidência de horários tenha interferido na execução dos seus planos.

“Nós, quanto a esta situação, a nossa preferência, é sempre de realizarmos este tipo de actividades no Sovismo, que é o nosso quartel general, porque fica fácil para os militantes que já sabem que o nosso ponto de referencia, é o Sovismo, mas infelizmente, houve o cruzamento de agendas que não permitiram realizarmos lá”, disse, Massanga, acrescentando dizendo que, “infelizmente, o mesmo já aconteceu no dia anterior”.