Economia
Alienação patrimonial constitui canal de redução de gastos no OGE, diz economista
O economista José Lumbo disse que do ponto de vista técnico a alienação patrimonial constitui uma das componentes do canal de redução de gastos apontados no Orçamento Geral do Estado.
A reacção do economista surge depois de o Presidente do Conselho de Administração do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), Álvaro Fernão, ter informado esta quarta-feira, 20, que o governo teria encaixado 200 mil milhões de kwanzas, com a privatização no primeiro semestre deste ano de quatro grandes activos.
Entre as empresas privatizadas estão a Fábrica de Cimento Cif, a Unidade de Montagem de Automóveis na Zona Económica Especial, a Cervejeira Bela e um supermercado no Zamba 3.
José Lumbo disse ainda ser importante referir que sejam privatizações de facto para que exista uma separação de gestão financeira sobretudo para que não haja um falso alarme no sentido de que sejam eliminadas do OGE.
O economista diz ver com bons olhos o processo de privatizações até ao momento e fazer-se sempre antes de qualquer alienação patrimonial, avaliar as componentes de custos e lucros dos respectivos activos a serem privatizados.
José Lumbo alerta para um conjunto de acções que devam ser desenvolvidos no sentido de redução de custos, apontando como exemplo a estrutura salarial da função pública, pelo que apela a reflexão de um modelo de trabalho versus produtividade olhando a perspectiva futurística.