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África do Sul abre investigação sobre morte de activista Steve Biko quase 50 anos depois

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Quase meio século após a morte do activista Steve Biko, que lutou contra o Apartheid, as autoridades sul-africanas abriram esta sexta-feira, 12, oficialmente uma investigação sobre o assassinato da figura emblemática na luta contra o regime de segregação racial.

Faz hoje exactamente, 48 anos desde que o activista de direitos humanos morreu, a 12 de Setembro de 1977, aos 30 anos, enquanto estava detido em Pretória.

Trata-se do fundador do Movimento da Consciência Negra, Steve Biko, que foi violentamente espancado por uma unidade policial especial. Ele morreu de graves danos cerebrais.

Na época, as autoridades alegaram que ele havia batido a cabeça contra a parede, versão contradita pelas confissões de vários ex-polícias perante a Comissão de Verdade e Reconciliação em 1997.

De acordo com a Autoridade Nacional do Ministério Público (NPA), esta investigação, aberta a 12 de Setembro, aniversário da sua morte, tem como objectivo apresentar ao tribunal elementos para determinar se a morte foi causada por um acto ou omissão constitutivo de um crime.

A morte de Steve Biko provocou uma onda de indignação em todo o mundo, na época. Isso ajudou a torná-lo um símbolo internacional de resistência ao regime do apartheid, que privou a maioria negra sul-africana de seus direitos básicos.

Apesar de nunca ter sido membro do Congresso Nacional Africano (ANC), Steve Biko foi incluído na prestigiada lista dos heróis de luta, razão pela qual a sua imagem foi utilizada para cartazes de campanha nas primeiras eleições não-raciais da África do Sul em 1994.

Nelson Mandela disse a respeito de Biko: “Eles tiveram que matá-lo para prolongar a vida do apartheid”.

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