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“Impunidade continua a travar combate a corrupção em Angola”, diz especialista

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O país registou avanços nos últimos anos, no capítulo do combate à corrupção, segundo a apresentação da delegação angolana na 11.ª Sessão da Conferência dos Estados Partes da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, em Doha, Qatar.

De acordo com a delegação, os resultados devem-se ao compromisso político e firme do Executivo, com a consolidação da integridade pública, o reforço das instituições e o combate à corrupção em todas as suas formas.

No entanto, para o sociólogo Agostinho Paulo, não é possível evidenciar os efeitos do combate a corrupção devido as debilidades que ainda persistem em várias instituições públicas e privadas, com destaque para o sector educativo.

Agostinho Paulo entende que a “corrupção em Angola ainda não foi combatida”, tudo porque persiste a impunidade.

“A impunidade também é um dos problemas que fazem com que a corrupção continue. Em Angola, temos muitos casos de corrupção envolvendo indivíduos de alta influência na sociedade, entretanto, grande parte deles não cumprem com a moldura penal”. Disse.

O sociólogo realçou ainda a necessidade de reforço dos mecanismos de fiscalização dos actos da função pública, através dos órgãos institucionalmente vocacionados para a prática, nomeadamente, a Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE), Assembleia Nacional e o Tribunal de Contas.

“Há necessidade de reforçar os mecanismos para inibir a prática da corrupção. Aqui chamamos o IGAE, Assembleia Nacional e o Tribunal de Contas. Se nós, de facto, tivermos essa consciência, é verdade que vamos viver um país onde a corrupção será muito baixa”, considerou o especialista.

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