Sociedade
Especialista preocupado com consequências psicológicas dos actos de vandalismo e pilhagem
O psicólogo Alberto Quilanda prevê impactos significativos na população angolana, fruto do cenário de instabilidade registado nos dias 28, 29 e 30 de Julho, caracterizados por actos de arruaça.
Para o mesmo, os tristes episódios desencadeiam sentimentos de medo e insegurança, sobretudo na faixa mais adulta da população, por trazerem a memória os confrontos da guerra civil vivida em 1992.
O psicólogo mostrou-se preocupado com o futuro das crianças e adolescentes que vivenciaram ou, por meio das redes sociais, assistiram aos actos de vandalismo e pilhagem decorridos em algumas províncias do país.
“Como serão estas crianças daqui a mais 10, 15 ou 20 anos?”, questionou.
Devemos sim nos manifestar, mas com alguma cautela. Eu quero ressaltar que o que foi vivido nos dias 28,29 e 30 de Julho é apenas a consequência e não a causa, e nós devemos atacar as causas”, apelou.
Alberto Quilanda disse que o momento actual exige das famílias, igreja e do Estado angolano, acções que devolvam o sentimento de segurança aos cidadãos. Quilanda deixa o apelo aos populares no sentido de evirem os actos de vandalismo.
“O bem público é mesmo para nós. Não devemos vandalizar! Mas nossa maior preocupação é a devolução do sentimento de segurança e saber que podemos nos deslocar na certeza de que há segurança”, disse preocupado o psicólogo.