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Crônica

CHAN 2025: Angola no coração do grupo da morte

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O calendário marca sábado, 2 de agosto, e o coração dos angolanos começa a bater num compasso diferente. É dia de arranque do Campeonato Africano das Nações (CHAN) 2025  uma competição singular, que valoriza os talentos internos de cada país, ao reunir apenas jogadores que actuam nos seus campeonatos nacionais.

Este ano, o palco é partilhado por três nações da África Oriental: Quênia, Tanzânia e Uganda. Três países, três bandeiras anfitriãs e uma só paixão  o futebol.

Para Angola, o desafio é de proporções épicas. Calhou-lhe o famigerado “Grupo da Morte”, o Grupo A, onde cada adversário representa uma muralha  não só técnica, mas também emocional e simbólica. Marrocos, adversário da estreia neste domingo, 3, é uma potência reconhecida. Com um futebol organizado e competitivo, os marroquinos já conquistaram o troféu do CHAN e apresentam um plantel sólido, com jogadores oriundos de um dos campeonatos mais estruturados do continente. A maioria actua em clubes locais altamente competitivos, o que dá consistência e entrosamento à equipa.

Outro colosso é a República Democrática do Congo (RDC), também vencedora da prova em edições anteriores. O futebol congolês é conhecido pela sua força física e qualidade técnica, sustentado por um campeonato interno vibrante, com clubes que se destacam frequentemente nas competições africanas. Assim como Marrocos, a RDC traz um grupo com forte base local e identidade colectiva consolidada.

Ao lado destes dois gigantes está o Quênia, anfitrião desta fase do torneio. Motivado pelo apoio da sua torcida e pelo orgulho nacional, o Quênia tem tudo para ser a surpresa do grupo. A pressão de jogar em casa pode ser combustível  ou fardo. Mas ninguém duvida que os quenianos darão tudo em campo.

E Angola? Angola entra em campo com coragem. A selecção nacional apresenta uma rapaziada jovem, motivada e disposta a mostrar serviço. Não vêm com o favoritismo, mas carregam no peito a força de um povo e a esperança de uma nação. Num torneio onde a bola rola para quem sonha alto e luta com dignidade, os Palancas têm tudo para surpreender.

A bola começa a rolar hoje. O CHAN 2025 abre as portas de mais um capítulo do futebol africano. E enquanto os estádios de Nairobi, Kampala e Dar es Salaam se enchem de cor e cânticos, Angola carrega consigo o peso leve da esperança e a vontade imensa de fazer história  mesmo num grupo da morte.

Porque às vezes, é no cenário mais difícil que nascem as grandes vitórias.

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