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“Teria feito mais se tivesse mais dinheiro”, diz Capapinha sobre seu governo no Cuanza Sul

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O ex-governador do Cuanza Sul, Job Castelo Capapinha, disse nesta semana, na cidade do Sumbe, que se tivesse tido mais dinheiro para gestão da província teria feito mais durante o seu consulado.

Job Capapinha falava na cerimónia de entrega de pasta à Mara Quiosa, sua sucessora depois da sua exoneração do cargo de governador do Cuanza Sul, onde ficou durante cinco anos.

Ao intervir na cerimónia, o político começou por dizer que terminou a sua missão com o sentimento de dever cumprido, tendo aprendido muito na província do Cuanza Sul.

“Chegados até aqui podemos, com a modéstia que nos caracteriza, afirmar que terminamos a nossa comissão de serviço, nesta agradável província, com sentimento de dever cumprido. Gostaríamos de ter feito muito mais com esta equipa de jovens governantes e estudiosos, competente e dinámica, naturais, residentes e capazes, todos eles naturais e residentes nesta província, isto é prata da casa, não fossem os constrangimentos sobretudo de ordem financeira que limitaram o nosso entusiasmo em melhor servir o povo, que nos respeita e nos acarinha”, disse.

Job Capapinha referiu, por outro lado, que aprendeu muito durante o seu consulado de governador do Cuanza Sul.

“Sou absolutamente convencido que o Cuanza Sul constitui para mim uma interessante escola de aprendizado, cuja missão termino agora, muito mais maduro e pronto aos desafios que a vida me incute”, afirmou o político.

Por sua vez, Mara Quiosa, a nova governadora, disse na ocasião, que está consciente dos vários problemas que a província do Cuanza Sul vive. Por esta razão, não garante a sua resolução de uma única vez.

“Temos noção, dos enormes desafios que vamos enfrentar, mas não tememos as dificuldades ou percalços a encontrar em um caminho, pois estamos imbuídos de uma fé e vontade de bem servir os nossos cidadãos, dando o nosso melhor e emprestando todo o nosso saber e capacidade para nos superar, permanentemente e não nos defraudarmos a confiança em nós depositada”, disse.

Sobre os problemas da província e anseio dos cidadãos Mara Quiosa disse que a sua resolução não é de uma única vez, mas com trabalho contínuo.

“Que não garantimos resolver todos os problemas do Cuanza Sul de uma só vez, garantimos sim muito trabalho, entrega e total disponibilidade para tudo fazer à bem das nossas comunidades. Esta é a nossa obrigação enquanto servidores públicos”, realçou.

Em termos de acções, a governadora apontou o sector social como prioridade do seu consulado, com destaque para a educação e saúde.

No entender de Mara Quiosa, a energia eléctrica, a distribuição de água potável e as vias de comunicação “representam um trinómio indispensável” para o crescimento económico da província do Cuanza Sul.

O ministro da Administração do Território e Reforma do Estado, Dionísio da Fonseca, que presidiu a cerimónia, disse o exercício de governação não deve ser visto como responsabilidade de uma única pessoa, mas uma acção que deve contar com a participação de todos.

Lembrar que Job Castelo Capapinha governou a província nos últimos cinco anos. No dia em que foi anunciada a sua exoneração pelo Presidente da República, João Lourenço, cidadãos do Sumbe reagiram com passeatas com viaturas e motorizadas a circular pelas ruas da cidade capital da província.

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