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Mortes por acidentes rodoviários em África aumentaram 17% em 10 anos, alerta OMS
Segundo um relatório da OMS, o número de mortes causadas por acidentes rodoviários aumentou 17 por cento nos últimos 10 anos, sendo que a nível mundial a taxa diminuiu para 5%.
A agência das Nações Unidas, estimou no seu relatório de segurança rodoviária de 2023 para o continente, que o continente africano que tem apenas 15% da população mundial e 3% dos veículos do mundo, teve 225.482 mortes na estrada em toda a região em 2021.
O relatório lançado durante uma conferência de imprensa em Nairobi, indica que este número de mortes representa um aumento de 17% das vítimas mortais entre 2010 e 2021.
De acordo com o representante da OMS no Quénia, Abdourahmane Diallo, no lançamento do relatório, que foi elaborado com a participação de 47 países africanos, além da falta de infra-estruturas, são cinco os principais factores de risco que influenciam os acidentes rodoviários no continente africano, com destaque para o excesso de velocidade, condução sob o efeito do álcool, não utilização de capacetes para motociclistas, cintos de segurança e sistemas de retenção para crianças.
Segundo a OMS, os acidentes rodoviários ocorrem principalmente entre os homens com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos, que são utilizadores frequentes da estrada. Em particular, os motociclistas, os peões e os ciclistas são responsáveis por metade de todas estas mortes” segundo a OMS.
Apesar dos dados desanimadores, 17 países africanos conseguiram reduzir o número de mortes na última década, afirmou a responsável da OMS pela prevenção da violência e das lesões, Binta Sako durante a conferência de imprensa.
Em comunicado, o director regional da OMS para África, Matshidiso Moeti, afirmou que as conclusões do relatório revelam “um grave problema de saúde pública para os países africanos, com centenas de milhares de vidas perdidas desnecessariamente”.
