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UE sem possibilidades de sanções à Rússia. Trump conversa com Putin para resolver conflito na Ucrânia
A União Europeia (UE) esgotou as possibilidades de aplicar sanções à Rússia, afirmou hoje o chanceler alemão, pedindo aos Estados Unidos para exercer pressão sobre Moscovo para que se sente à mesa das negociações com Kyiv.
“Na UE esgotamos objectivamente o que podemos fazer”, declarou Friedrich Merz em conferência de imprensa no final da cimeira da NATO em Haia, Países Baixos.
Merz explicou que determinadas sanções podem ser impostas a solo pelos Estados Unidos, algo que o governante alemão também voltou a comunicar, na quarta-feira, ao Presidente norte-americano, afirmando “estar nas mãos” de Donald Trump.
Merz reiterou que “não haverá uma solução militar” para a guerra na Ucrânia, mas o que a UE pode fazer neste sentido “não é suficiente”.
Sobre o assunto, alguns especialistas manifestaram-se esta quarta-feira à rádio Corrieio da Kianda, partilhando a ideia de que a Europa acaba de manifestar a sua fragilidade diante do conflito, ao chegar ao anunciar que se esgotaram as possibilidades de sanções à Rússia.
De acordo com o especialista em relações internacionais, João André, esta declaração da EU revela a fragilidade da Europa, que chegou ao “rebentar da corda” quanto ao assunto da guerra na Ucrânia.
No seu entender, agora, somente os EUA podem conseguir chegar a uma trégua.
Já Eurico Gonçalves, disse que a declaração da UE anunciadas esta quarta-feira, traduzem que a Rússia mostrou-se resiliente ao mesmo tempo em que soube tirar proveito de todas as sanções à ela impostas.
O especialista concorda que, a UE denuncia o seu fracasso nas negociações com a Rússia, o que marca uma incerteza do fim do conflito na Ucrânia.
Por seu turno, o politólogo João Mateus entende que o processo de negociações envolvendo a Europa, acarretou mais prejuízos para o continente, sobretudo políticos e financeiros, pelo que, incentiva o término das sanções impostas à Rússia, mesmo que tal decisão revele alguma fragilidade.
Entretanto, o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) anunciou esta terça-feira, que vai conversar com o homólogo russo para discutir a paz na Ucrânia, admitindo que está a ser mais complicado encontrar uma resolução do conflito.
Em conferência de imprensa, no final da cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Haia, nos Países Baixos, Donald Trump foi também interpelado sobre a resolução do conflito que começou há mais de três anos e meio, admitindo que “é mais complicado”, na opinião de Trump, do que resolver o conflito entre Israel e o Irão.
O Presidente norte-americano criticou Vladimir Putin ao anunciar a conversa com o chefe de Estado russo: “Considero-o uma pessoa que está desorientada”.