Politica
Presidente João Lourenço defende criação do Estado soberano da Palestina

O Presidente João Lourenço defendeu esta segunda-feira, 22, a criação do Estado soberano da Palestina, com Jerusalém Ocidental como capital, para a coexistência pacífica entre os dois povos, perante este conflito, que dura há décadas e com um nível de violência incomum.
O Chefe de Estado e Presidente em exercício da União Africana, manifestou esta posição durante o seu discurso na Conferência Internacional de Alto Nível para Solução Pacífica da questão da Palestina e Implementação da Solução dos dois estados, que decorreu na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, durante os trabalhos da 80.ª Assembleia Geral da ONU.
João Lourenço disse igualmente que “este conflito não se resolverá, como todas as evidências o demonstram, com o recurso às armas, por mais sofisticadas que sejam”, apelando por isto a comunidade internacional, que tem cada vez mais consciência deste facto, a usar com urgência todos os meios ao seu alcance para convencer os beligerantes de que a única saída para esta situação é a via do diálogo para que se chegue a uma paz definitiva.
O Chefe de Estado afirmou que a República de Angola está incondicionalmente alinhada com a organização continental africana, neste esforço em que todos estão empenhados para a resolução definitiva deste conflito.
O líder da União Africana disse estar a “acompanhar com profunda preocupação os relatórios alarmantes sobre a situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, onde comunidades inteiras, incluindo crianças em elevado número, sucumbem diariamente à fome e sobrevivem em condições sub-humanas”.
Disse igualmente que a par da reprovação inequívoca dos actos de violência gratuita praticados contra civis israelitas pelo Hamas, que “repudia de igual modo a reacção desproporcional do Estado de Israel com a utilização de aviões caça bombardeiros, tanques e artilharia pesada, não contra um exército convencional, mas contra a população civil e indefesa da Palestina, jornalistas, pessoal médico e funcionários das Nações Unidas e de organizações e agências humanitárias, com o pretexto de perseguir o Hamas”.
João Lourenço sinalizou que no contexto deste encontro, assume uma relevância inquestionável a “Declaração Política de Nova Iorque sobre a Resolução Pacífica da Questão da Palestina e Implementação da Solução de Dois Estados”, adoptada a 12 de Setembro do corrente ano pela Assembleia Geral das Nações Unidas, por ter demonstrado que existe um consenso internacional cada vez mais crescente sobre a necessidade de se acabar com a guerra em Gaza com base na efectiva implementação da solução de dois Estados.