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Papa denuncia “economia distorcida” que “trata homens como mercadoria”
O Papa Leão XVI lamentou hoje “uma economia distorcida” que “induz a tratar os homens como mercadoria”, na homilia da Missa do Galo do primeiro Natal após a sua eleição.
“Para iluminar a nossa cegueira, o Senhor quis revelar-se ao Homem como Homem, sua verdadeira imagem, segundo um projeto de amor iniciado com a criação do mundo”, disse diante de 6.000 fiéis, na missa em que a Igreja celebra o nascimento de Jesus.
E citou as palavras de Bento XVI, nas quais afirmava que “enquanto a noite do erro obscurece esta verdade providencial, também não há espaço para os outros, para as crianças, os pobres, os estrangeiros”.
“As palavras do Papa Bento XVI, tão actuais, lembram-nos que na terra não há espaço para Deus se não houver espaço para o Homem: não acolher um significa rejeitar o outro. Em contrapartida, onde há lugar para o Homem, há lugar para Deus”.
Robert Prevost afirmou ainda que, com o nascimento do Menino Jesus, “Deus dá ao mundo uma nova vida, a sua, para todos” e “não é uma ideia que resolve todos os problemas, mas uma história de amor que nos envolve”.
O Papa explicou que Deus, “perante as expectativas dos povos, envia uma criança, para que seja palavra de esperança; perante a dor dos miseráveis”.
“Ele envia um indefeso, para que seja força para se levantar; perante a violência e a opressão, Ele acende uma luz suave que ilumina com a salvação todos os filhos deste mundo”, acrescentou.
E “enquanto uma economia distorcida induz a tratar os homens como mercadoria, Deus torna-se semelhante a nós, revelando a dignidade infinita de cada pessoa. Enquanto o homem quer tornar-se Deus para dominar o próximo, Deus quer tornar-se homem para nos libertar de toda a escravidão”, acrescentou.
