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OMA e LIMA convergem na defesa da dignidade da mulher e da criança

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O braço feminino da UNITA, a Liga da Mulher Angolana (LIMA), manifestou-se com veemência contra a violência física e sexual praticada por homens contra uma menor de 15 anos, classificando o acto como “repugnante” e “irracional”.

A posição foi tornada pública pela líder da organização, Antonieta Kulanda, que questionou igualmente o silêncio de especialistas como juristas, sociólogos e psicólogos face à recorrência deste tipo de crimes no país.

Antonieta Kulanda afirmou que os autores de violência sexual contra menores “não têm qualquer justificação moral ou social”, sublinhando que se trata de homens “gerados por mulheres”, o que, no seu entender, agrava a dimensão ética do crime. A dirigente garantiu que a LIMA irá acompanhar de perto todos os passos do processo envolvendo a adolescente, desde a investigação até ao desfecho judicial.

A presidente da Liga da Mulher da UNITA defendeu ainda a necessidade de um acompanhamento integral da vítima, apelando à intervenção do Ministério da Saúde, à mobilização de advogados voluntários, sociólogos e, sobretudo, psicólogos, para assegurar a recuperação física e emocional da menor. Kulanda pediu aos órgãos de justiça a aplicação de medidas eficazes e exemplares, de modo a travar a repetição de práticas semelhantes no país, e instou o Estado a assumir plenamente a sua responsabilidade constitucional de proteger as mulheres e as jovens.

Entretanto, no mesmo contexto de combate à violência baseada no género, a Organização da Mulher Angolana (OMA) lançou, esta segunda-feira, em Luanda, a “Linha Acolher”, um canal de apoio social com cobertura em todos os municípios da província. A iniciativa foi apresentada pelo Departamento de Informação e Novas Tecnologias da OMA.

Segundo a responsável departamental, Carla Torrão, a “Linha Acolher” surge como um novo canal de escuta, orientação e encaminhamento, criado para responder ao aumento de casos de violência doméstica, agressões sexuais, maus-tratos e conflitos familiares. A dirigente explicou que o serviço funciona de forma confidencial e tem como principal objectivo a protecção da dignidade humana e a promoção do bem-estar das famílias.

A OMA considera que o canal poderá reforçar a rede de apoio às vítimas, facilitando o acesso a serviços sociais, jurídicos e psicológicos, num momento em que diferentes organizações políticas e da sociedade civil exigem respostas mais firmes do Estado face à violência contra mulheres e menores em Angola.

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