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Moçambique longe de declarar fim da varíola dos macacos
As autoridades de saúde moçambicanas admitem que continuam a surgir infecções pontuais de mpox na província de Niassa, epicentro da doença, afastando a declaração do fim do surto no país, apesar do número significativo de recuperados.
“Para declararmos o fim do surto, temos que ter 60 dias sem um caso que seja positivo. Tendo em conta que na província de Niassa ainda estamos a ter casos positivos, não podemos neste momento declarar o fim do surto de mpox no país”, explicou à Lusa a directora nacional adjunta de Saúde Pública, Aleny Couto.
Segundo a responsável, na terça-feira, a província registou mais um caso da doença, elevando o acumulativo de casos para 80, seguindo-se as províncias de Maputo (quatro), Manica (três) e Tete (dois).
Aleny Couto alerta ainda que as pessoas infectadas não têm cumprido com a necessidade de isolamento recomendado, o que vai na contramão dos esforços de contenção da doença.
“E isto é uma falha, que não é uma falha directamente, acho que é aquilo que nós podemos chamar de responsabilidade compartilhada. Nós temos que educar e estamos a fazer este exercício, mas também a população tem que cooperar neste sentido”, acrescentou.
De acordo com o mais recente boletim da Direcção Nacional de Saúde Pública, com dados de 11 de Julho a 25 de Outubro, consultado pela Lusa, do total de 89 casos positivos, apenas 19 estão ainda seguimento, entre as províncias de Tete e Niassa, com 70 dados como recuperados.
