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Manuel Vicente diz desconhecer investimentos da CIF-Angola no caso dos generais Dino e Kopelipa

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O antigo presidente do Conselho de Administração da Sonangol disse esta terça-feira, 08, que “desconhece qualquer investimento da CIF-Angola no país”.

Manuel Vicente disse ainda duvidar que os 27 carregamentos de petróleo, com milhares de barris vendidos à China, não tenham sido pagos ao Estado angolano, tendo igualmente afirmado desconhecer, quando e a quem foram pagos os biliões de dólares das vendas.

De acordo com o também ex-vice-Presidente da República, “não é possível que a China-Sonangol tenha recebido os carregamentos, vendido o petróleo e não tenha pagado ao Estado angolano o dinheiro dos barris saídos de Angola para China”.

Segundo as declarações de Manuel Vicente, lidas esta terça-feira, 08, respondidas por escrito à Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP), da Procuradoria-Geral da República (PGR), em 2020, aquando da instrução do processo-crime, que envolve os generais Manuel Hélder Vieira Júnior “Kopelipa” e Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”, à data dos factos não é possível a China Sonangol ter recebido petróleo e não o pagar.

O jurista português Rui Verde descredibiliza as declarações do ex-vice-Presidente pelo facto de não terem sido feitas ao vivo e em audiência, com a possibilidade de várias perguntas cruzadas dos advogados de defesa, com vista ao esclarecimento da verdade.

O jurista luso afirmou que esta declaração não passa de uma mera versão esterilizada daquilo que Manuel Vicente quis dizer, e que não corresponde nem àquilo que a defesa tem dito, nem àquilo que a acusação diz.

Rui Verde disse que esta declaração não contribui para a descoberta da verdade, porque Manuel Vicente limita-se, apenas em dizer que não sabe, o que supõe que tudo foi pago, e estudado no melhor dos mundos, que tudo foi tão bem feito, que é impossível ser feito melhor e por aí adiante.

O julgamento dos generais Dino e Kopelipa prossegue na próxima semana com as audições de cinco declarantes arrolados no processo.

Os antigos homens de confiança do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, estão a ser acusados dos crimes de peculato, burla por defraudação, falsificação de documentos, associação criminosa e abuso de poder.

De acordo ainda com a acusação, os dois generais lesaram o Estado angolano em mil milhões de dólares.

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