Sociedade
Mais de cem mil mulheres vivem com cancro da mama em Angola
Mais de cem mil mulheres vivem actualmente com cancro da mama em Angola, uma doença considerada um grave problema de saúde pública tanto no país como em várias partes do mundo.
O alerta foi lançado pelo secretário de Estado para a Saúde Pública, Carlos Alberto de Sousa, durante uma actividade de sensibilização realizada este sábado, 18, em Luanda.
O governante destacou que os números conhecidos entre 800 a 900 mil mulheres atendidas nos hospitais não refletem a real dimensão do problema, já que muitos casos não chegam às unidades sanitárias por falta de diagnóstico precoce ou recurso a tratamentos alternativos.
“Acreditamos que o número real é muito superior. Há muitas pessoas que procuram outros meios e não chegam aos hospitais”, observou o secretário de Estado, sublinhando a importância do rastreio e do exame precoce em todas as mulheres.
A oncologista clínica Dionísia Capenda reforçou que o sedentarismo e a obesidade continuam a ser principais fatores de risco para o desenvolvimento do cancro da mama.
“A prática regular de exercício físico e a alimentação saudável são factores de proteção contra a doença”, explicou.
No mesmo evento, a Associação Juvenil de Formação e Cidadania (AJFC) realizou uma marcha de sensibilização, com o objectivo de mobilizar a sociedade para a prevenção e diagnóstico atempado da doença. O representante da AJFC, Agílio Santos, destacou a importância do envolvimento da comunidade na luta contra o cancro da mama.
“Juntamo-nos a esta causa porque a prevenção salva vidas. Precisamos alertar a sociedade de que só com informação e prevenção poderemos reduzir o alto índice de mortalidade causado pelo cancro da mama”, afirmou.
A campanha enquadra-se nas actividades do Outubro Rosa, mês dedicado à prevenção e combate ao cancro da mama, e visa reforçar o apelo à consciência e solidariedade em torno de uma doença que continua a afetar milhares de famílias angolanas.