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Luta contra terrorismo no Sahel exige abordagem global com medidas de segurança adequadas, diz Téte António
A luta contra o terrorismo no Sahel, exige uma abordagem global, integrando medidas de segurança adequadas, investimentos massivos na educação, na juventude, um diálogo comunitário reforçado, além de uma cooperação regional em matéria de defesa e apoio técnico e financeiro às administrações locais”.
A afirmação é do ministro das Relações Exteriores, Téte António, feita esta terça-feira, 30, em Luanda, aquando da 1304ª Reunião do Conselho de Paz e Segurança (CPS) da União Africana a nível de Ministros, que decorreu de forma virtual, sob tema: Situação na Região do Sahel.
Téte António, de acordo com uma nota do Ministério das Relações Exteriores, defende que a luta contr30a o terrorismo no Sahel não pode limitar-se a respostas militares.
Para o chefe da diplomacia angolana “a região do Sahel enfrenta actualmente uma crise multidimensional, aliada a insegurança crescente, o terrorismo transfronteiriço e o extremismo violento”.
O ministro advogou por isso, o reforço do diálogo político com as autoridades de transição, respeitando os princípios de solidariedade e de não indiferença, que no seu entender esse diálogo deve basear-se em mecanismos de consulta inclusivos, envolvendo as forças vivas das sociedades, nomeadamente as mulheres, jovens, líderes comunitários, e resultar em compromissos claros rumo ao retorno à ordem constitucional.
Desde Março de 2025 que a região do Sahel Central, e mais concretamente do Mali, Burkina Faso e Níger, tem sido marcada por crescentes desafios políticos e de segurança.
Neste contexto, o Presidente da República de Angola e da União Africana, João Lourenço, designado Campeão da UA para a Paz e Reconciliação em África, mandatou uma missão de bons ofícios aos países do Sahel para constatar “in loco” a real situação política e segurança naquela região.