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Iraque: primeiro-ministro Al-Sudani apontado como favorito nas eleições
No Iraque, o primeiro-ministro cessante, Mohammed al-Sudani, surge como favorito nas sondagens e nas opiniões de analistas internacionais para as eleições da próxima terça-feira, 11. De acordo com informações apuradas pela Rádio Correio da Kianda, os iraquianos devem eleger os 329 membros do Conselho de Representantes no Parlamento.
Para a votação, cujos membros das forças de segurança iraquianas começaram hoje a votar antecipadamente para as eleições legislativas de terça-feira, escrutínio acompanhado de perto pelo vizinho Irão, que procura preservar a sua influência no país, será a sexta desde a queda do ditador iraquiano Saddam Hussein em 2003.
Estão inscritos mais de 21,4 milhões de eleitores, num universo de cerca de 46 milhões de iraquianos.
Os eleitores irão escolher entre mais de 7.700 candidatos, um terço deles mulheres, que têm direito a ocupar pelo menos 25% dos assentos parlamentares, e nove reservados às minorias.
De acordo com a Constituição do Iraque, aprovada por referendo em 2005, estabeleceu o país como uma democracia parlamentar, com o Conselho de Representantes como órgão legislativo eleito.
Teoricamente, o Conselho nomeia o Presidente da República, função meramente cerimonial, que, por sua vez, nomeia um primeiro-ministro proveniente do “maior bloco” parlamentar. Contudo, esse bloco não é necessariamente o que obteve mais assentos nas urnas, mas sim a coligação mais ampla formada após as eleições. O processo de formação do governo envolve longas negociações e compromissos entre partidos.
Embora o sistema não divida explicitamente o poder por etnia ou religião, na prática continua profundamente moldado pela ordem etnosectária institucionalizada após 2003.
