Guiné inicia contagem dos votos das eleições que podem consolidar poder do líder da junta

Na Guiné, já arrancou a contagem dos votos após o fechamento das secções eleitorais em Conacri, de acordo com informações avançadas pela imprensa internacional. A participação parecia morna na capital Conacri, já que alguns eleitores descreveram a eleição como uma conclusão inevitável.

O especialista em relações internacionais, Adalberto Malú, disse à Rádio Correio da Kianda, que apesar deste passo, olhando para o contexto político real, está-se distante de uma eleição verdadeiramente competitiva, com a fraca participação da oposição como sinal da sua afirmação.

Para o especialista, o favoritismo de Doumbouya, não resulta de um debate aberto de ideias e de um grande projecto político nacional, mas sim de um controlo absoluto do Estado, das forças de segurança, e em muitos casos do próprio processo eleitoral.

A Guiné votou este domingo, 28, em uma eleição presidencial amplamente esperada para entregar a Mamady Doumbouya, que tomou o poder em um golpe em 2021, um mandato de sete anos, completando a transição da nação da África Ocidental de volta ao governo civil.

Os resultados de acordo com críticos, vai apenas consolidar o poder de Doumbouya, uma vez que não concorreram figuras da oposição de peso.

Referir que Doumbouya, vestindo uma túnica branca e óculos escuros, acompanhado pela esposa, acenou para a multidão ao chegar para votar em uma secção eleitoral em um centro de saúde em Conacri, ladeado por dezenas de comandos armados.