África
Guiné-Bissau: candidato Fernando Dias diz que “país está viver um falso golpe de Estado”
O candidato independente apoiado pelo Partido da Renovação Social (PRS) e pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que se declarou vencedor das eleições presidenciais do domingo último, considerou na noite desta quarta-feira, 26, que o país está a viver um “falso golpe de Estado”.
“Estamos a ser alvo de uma falsa tentativa de golpe de Estado, por uma simples razão: eu ganhei as eleições presidenciais na primeira volta. E este é um plano montado por Umaro Sissoco Embaló, para entregar o poder aos militares, já que perdeu as eleições para castigar o povo guineense”, declarou.
Falando em parte incerta através de um vídeo divulgado nas redes sociais, Fernando Dias, que confirmou a detenção do líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, relatou que homens armados invadiram a sua sede de campanha, enquanto se reunia com observadores internacionais.
O político Bissau-guineense diz ter conseguido fugir “graças à intervenção rápida de jovens presentes no local”.
Fernando Dias também pediu à comunidade internacional que assuma as suas responsabilidades para que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) possa anunciar os resultados eleitorais.
Referir que numa declaração transmitida pela Televisão Pública da Guiné-Bissau, o Comando Militar para a Restauração da Ordem Constitucional anunciou que assumiu “a plenitude dos poderes do Estado da República da Guiné-Bissau”.
A declaração foi lida por Denis N’tchama na Televisão Pública.
Segundo o comunicado, a decisão surge na sequência da descoberta de um plano em curso para desestabilizar o país, alegadamente envolvendo políticos nacionais e estrangeiros, bem como “a participação de um conhecido barão da droga”.
O Alto Comando apelou à calma e à colaboração da população guineense, justificando as acções como resposta a uma “emergência nacional”.
