Politica
Estudos de pré-viabilidade do Corredor do Lobito apresentados ao Governo da RDC
Os estudos de pré-viabilidade do Corredor do Lobito foram apresentados esta semana ao vice-primeiro-ministro dos Transportes e Comunicações da República Democrática do Congo, Jean-Pierre Bemba.
Segundo o comunicado da Embaixada de Angola na República Democrática do Congo, a qual o Correio da Kianda teve acesso, os estudos, apresentados pela delegação de especialistas da União Europeia e dos Estados Unidos da América “permitem estimar os investimentos necessários, bem como os prazos para a conclusão da primeira fase do projecto, que consiste na reabilitação da linha Dilolo-Kolwezi-Tenke, regiões com numerosos membros da comunidade angolana abrangidos pela jurisdição do Consulado Geral de Angola em Lubumbashi”, agora assumido pelo diplomata António Miala.
“Especialistas consideram que o Corredor do Lobito pode também contribuir significativamente para o desenvolvimento do Kasai e de todo o sul do país, além de melhorar significativamente as conexões com Angola e a Zâmbia”, diz a nota.
De acordo com as projecções feitas, prossegue o comunicado, a viabilização do Corredor do Lobito requer um investimento inicial de mais de 410 milhões de euros para a reabilitação da linha ferroviária Dilolo–Kolwezi–Tenke.
“Os custos de gestão e manutenção da linha ao longo de um período de dez anos giram em torno de 180 milhões de euros, de acordo com os especialistas. Estes, também abordaram a questão do modelo de gestão a adotar (gestão pública ou parceria público-privada)”, ressalta a Embaixada.
Recordar que na sequência da Cimeira EUA-Angola, que teve lugar em Luanda, de 22 a 25 de Junho deste ano, os norte-americanos anunciaram um investimento de 5 mil milhões de dólares no Corredor do Lobito, e ainda ficou a promessa de mais um incremento de 100 mil milhões de dólares para vários sectores, com destaque para o Corredor do Lobito.
De referir que, a ideia do Corredor do Lobito, em Angola, nasceu de um irlandês, em 1906, sendo que o objectivo de concepção daquele período continua: controlar o fluxo e transporte de recursos minerais na RDC, na Zâmbia, e ligando ao Porto do Lobito, mantendo assim ligações ferroviárias com outros importantes portos da região.
