Sociedade
Estragos das chuvas em Luanda devem-se a falta de qualidade dos projectos de macro drenagem, afirmam analistas
O engenheiro hidráulico Francisco Lopes apontou a desestruturação do sistema de saneamento básico, apelando as autoridades numa visão realística da necessidade que Luanda tem de reestruturar o espaço urbano, para permitir a implementação das redes técnicas.
O engenheiro hidráulico defendeu a necessidade de se reordenar e redesenhar o espaço urbano para que não seja um espaço anárquico, afirmando que com a construção de residências ordenadas com ruelas e ruas, que vão dar as avenidas, permitindo a construção de micro drenagem e macro drenagem, um sistema que permite com que as águas que saem do quintal do cidadão transbordam para as ruelas.
Francisco Lopes explicou que os estragos das chuvas em Luanda, devem-se a falta de qualidade dos projectos de macro drenagem, assegurando estarem a ser feitos projectos de “forma empírica” que visam fins económicos e comerciais, para iludir e passar a ideia de que está a ser feito alguma coisa.
O engenheiro hidráulico alerta para a necessidade de se criar um ente responsável, que visa o reordenamento do território.
Já o especialista em Gestão e Administração Pública Denílson Duro disse que o saneamento básico faz parte dos direitos fundamentais, para que as pessoas vivam uma qualidade de vida.
Para o especialista, a maior parte da população vive na informalidade urbanística, sem macro nem micro drenagem, afirmando que uma pequena chuva causa os estragos verificados na última enxurrada de terça-feira.
As declarações dos analistas foram feitas nesta quinta-feira, 03, no espaço “Tem a Palavra”, do Programa Capital Central, da Rádio Correio da Kianda, que olhou para o tema sobre “aAmitigação dos efeitos das chuvas em Luanda”.