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Especialista pede valorização da identidade cultural através das línguas locais

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O sociólogo Agostinho Paulo entende que, após o alcance da independência, os angolanos não conseguiram estruturar o país do ponto de vista do resgate das línguas nacionais, com a decisão da adopção unicamente do Português como língua oficial de Angola.

Segundo o sociólogo, para a valorização da identidade cultural, é de extrema importância, a institucionalização de uma língua nativa ao lado daquela herdada pelos colonos.

Agostinho Paulo disse que a actual dinámica social nos centros urbanos em Angola inibe o exercício das línguas nativas.

O especialista avançou igualmente que a transmissão dos valores culturais, e do resgate e respeito pelas línguas locais é uma tarefa conjunta, abrangendo as famílias, escolas e políticas específicas voltadas ao sector da cultura.

Agostinho Paulo disse que por meio dessa acção articulada será possível massificar o aprendizado das línguas como Ovimbundu, Kimbundu, Nianeka-Humbi e Cokwe, entre outras línguas locais.

Ainda sobre este assunto, o Ministério da Cultura está a realizar o mapeamento das línguas nativas do país, com o objectivo de atribuir um novo estatuto a línguas que, até agora, são tratadas apenas como línguas étnicas.

De acordo com o titular da pasta da cultura, Filipe Zau, o processo enfrenta algumas dificuldades, sobretudo devido às grandes migrações da população do meio rural para as cidades, entretanto garantiu que o trabalho será concluído em data a anunciar.

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