Cidadãos pedem redução do preço da cesta básica

No Dia Internacional de Erradicação da Pobreza, assinalado mundialmente a 17 de Outubro, alguns populares em Luanda clamam pela redução do preço dos produtos da cesta básica, para permitir a população, sobretudo a mais cadenciada, o acesso a uma alimentação condigna.

Aos microfones da Rádio Correio da Kianda, Eunice Soares, disse que não compreende a razão dos altos preços praticados no mercado, no que se refere aos produtos de origem nacional.

A também dona de casa conta que, por exemplo, no mercado de peixe da Mabunda, os preços são excessivamente altos, o que considera incompreensível, uma vez que a praça é tida como uma das fontes na compra e venda do peixe em Luanda, dada a sua proximidade ao mar.

Do casco urbano de Lunda, o também entrevistado pela nossa equipa de reportagem, Hamilton Cunha, disse que os preços dos produtos alimentares chegam a ser ainda mais altos no centro cidade.

Não avançando os custos a que adquire os alimentos, Hamilton Cunha revela que quer ver a situação melhorada, entretanto não deposita confiança no processo.

Ainda sobre o assunto, o sociólogo Agostinho Paulo disse que a fome, um dos maiores desafios do país, é hoje agravada pelos altos preços dos produtos da cesta básica, provocando uma distância entre o cidadão e o alimento.

Para o especialista, este assunto deve ser encarada como prioridade na agenda governamental.

Agostinho Paulo fala sobre aumento do orçamento no incentivo a produção nacional como medida de combate a fome e redução efectiva do preço dos principais produtos da cesta básica dos angolanos.

Populares apelam a redução do preço dos principais produtos alimentares consumidos em Angola, no dia Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.

De acordo com a ONU, neste ano de 2025, o mundo enfrenta um cenário alarmante: mais de 690 milhões de pessoas vivem em extrema pobreza. Cerca de 1,1 bilhão de cidadãos sofrem privações múltiplas em saúde, educação e condições básicas de vida.

O alerta da ONU marca o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, neste 17 de Outubro, reforçando a necessidade de construir instituições que cuidem, e não punam, famílias vulneráveis. E de promover dignidade e oportunidades reais para todos.