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AEA manda retirar agrupamentos de recintos da Igreja Católica após decisão da CEAST

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A Associação de Escuteiros de Angola (AEA) emitiu uma Ordem de Serviço determinando a realização de Conselhos de Agrupamento e reuniões com os pais para decidir o futuro dos agrupamentos sediados em instalações da Igreja Católica, na sequência da determinação da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), datada de 18 de Julho.

A CEAST ordenou a saída dos Escuteiros Católicos da AEA e instruiu que os agrupamentos sediados em recintos eclesiásticos passassem à tutela dos Párocos e Assistentes, provocando uma reestruturação forçada no seio do movimento escutista nacional.

Segundo a Ordem de Serviço da AEA, cada agrupamento deve agora decidir se continua a funcionar nas instalações da Igreja o que implica desligar-se da associação e ser extinto ou manter-se filiado na AEA, o que obriga à mudança de sede e denominação.

Este episódio marca o culminar de uma série de divergências iniciadas em 2019, altura em que o actual responsável pelo escutismo católico na CEAST, Dom Belmiro Chissengueti, criou a Coordenação de Escuteiros Católicos de Angola (CNECA), uma estrutura paralela à AEA. A criação desta nova entidade visava, segundo o próprio, a formação de uma nova associação, conforme consta numa carta enviada na altura aos restantes bispos. A proposta encontrou resistência dos órgãos estatutários da AEA, levando a uma cisão liderada por Dom Chissengueti.

Importa sublinhar que a AEA é a única associação em Angola reconhecida pela Organização Mundial do Movimento Escutista (OMME), entidade que não admite mais de uma associação nacional por país. Como consequência, os escuteiros que deixarem de pertencer à AEA perdem automaticamente a ligação à Fraternidade Escutista Mundial.

Este cenário abre um novo capítulo no escutismo angolano, colocando em causa a unidade e o reconhecimento internacional do movimento no país.

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