Politica
Valorização dos recursos humanos foi maior ênfase da declaração conjunta da 7ª Cimeira, diz especialista
O especialista em relações internacionais, Mário Gerson, disse à Rádio Correio da Kianda, que a maior nota da Declaração Conjunta da 7ª Cimeira União Africana-União Europeia, foi a enfâse que se deu sobre a valorização da juventude e dos recursos humanos, em detrimento dos minerais.
“Temos sempre registado a tendência de usar os recursos minerais como o mais importante, o mais destacado. Isso não é verdade, o mais importante são as pessoas, as pessoas é que trabalham, são elas que exploram os minerais, e são as pessoas que devem ser valorizadas, viver com dignidade, e apostar nas habilidades, e isso foi também dito mesmo na conferência de imprensa”, sublinhou.
Mário Gerson destacou, igualmente, que apesar de reconhecer que os desafios são enormes, é fundamental a esta altura destacar que o progresso, quer em África, quer na Europa, depende do compromisso dos dois blocos.
Como resultado da 7ª Cimeira, foi divulgada uma lista com dez pontos chaves constante na Declaração Conjunta, com o Corredor do Lobito a figurar como projecto essencial a contar com o apoio do bloco europeu.
A União Europeia destacou o apoio ao Corredor do Lobito como projecto chave. A informação consta do resumo da Declaração Conjunta União Africana – União Europeia, divulgada nesta terça-feira, 25, em Luanda.
Durante dois dias, representantes dos dois blocos reuniram-se na capital angolana para celebrar os 25 anos da parceria União Africana-União Europeia e reforçar o compromisso político, económico e estratégico entre os dois continentes.
Recentemente, a União Europeia investiu 43 milhões de euros em Angola para a capacitação dos empresários e empreendedores que vão operar ao longo da infra-estrutura ferroviária de 1.300 quilómetros, que liga o Porto do Lobito, em Angola à República Democrática do Congo (RDC) e à Zâmbia.
Durante a sua intervenção no encerramento da cimeira, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, deu nota que a parceria entre os dois blocos continentais assenta igualmente na defesa da paz e da segurança.
Para António Costa, a realização da cimeira de Luanda se traduz numa mensagem clara para o mundo, sobre a necessidade de se promover a ordem multilateral baseada em regras.
Já o Presidente da República e da União Africana, João Lourenço, disse que a cooperação entre os dois blocos é dinámica sendo o objectivo passar sempre por ir-se para além do que já se conseguiu realizar.
O Chefe de Estado angolano destacou os êxitos da 7ª Cimeira que Luanda acolheu, sinalizando que simula votos de que na próxima cimeira de 2028 se celebrem efusivamente novos êxitos da caminhada entre os dois blocos há 25 anos.
