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Presidente João Lourenço defende uma África moderna, conectada e resiliente

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O Presidente da República e Presidente em exercício da União Africana, João Lourenço, defendeu hoje, 28,  em Luanda, uma visão de África “moderna, conectada e resiliente”, sustentada no investimento maciço em infraestruturas capazes de impulsionar o crescimento económico e reduzir as desigualdades regionais.

Ao intervir na abertura da 3.ª Cimeira sobre Financiamento de Infraestruturas em África, que decorre até 31 de Outubro, João Lourenço destacou que o continente enfrenta “um colossal défice de financiamento” estimado entre 130 e 170 mil milhões de dólares, segundo dados do Banco Africano de Desenvolvimento.

“Reunimo-nos hoje em Luanda, não apenas para discutir números e mecanismos financeiros, mas para reafirmar a nossa visão comum de uma África conectada, moderna e resiliente”, declarou o Chefe de Estado, sublinhando que o desenvolvimento de infraestruturas “é um meio para criar empregos, promover o comércio intra-africano e melhorar as condições de vida das populações”.

O estadista angolano lembrou que a iniciativa está alinhada com o Programa para o Desenvolvimento de Infraestruturas em África (PIDA), com a Agenda 2063 da União Africana e com os Objetivos da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA), pilares essenciais para o crescimento económico sustentável do continente.

João Lourenço apontou ainda que África deve capitalizar o seu dividendo demográfico, marcado por uma população jovem e inovadora, e os abundantes recursos naturais que possui. “O nosso continente posiciona-se como um dos motores do crescimento global”, afirmou.

O Presidente criticou também a perceção de risco atribuída pelas agências internacionais de notação financeira às economias africanas, considerando que muitas vezes estas avaliações “não refletem o potencial real dos países nem o seu histórico de cumprimento das obrigações com os credores”.

Entre as expectativas da cimeira, o Chefe de Estado destacou a “Declaração de Luanda”, documento que será submetido aos órgãos da União Africana e que deverá conter “compromissos concretos para potenciar mecanismos africanos de financiamento”, harmonizando as ações nacionais em torno de uma estratégia continental de conectividade e integração.

Durante os quatro dias de trabalhos, a cimeira reunirá chefes de Estado, ministros, investidores e instituições financeiras internacionais, com o objectivo de mobilizar recursos para projetos ferroviários, portuários, rodoviários, energéticos, de segurança hídrica e de transformação digital.

“Angola reafirma o seu compromisso em trabalhar com todos os Estados-membros e parceiros para garantir que cada quilómetro de estrada, cada megawatt de energia e cada rede de fibra óptica contribuam diretamente para o bem-estar dos africanos”, concluiu João Lourenço.

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