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VIH: prevalência mais alta mantém-se no leste do país apesar da redução a nível nacional

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Angola registou uma redução significativa da taxa de prevalência do VIH, que caiu de 2% em 2015 para 1,6% em 2024, segundo revelou a diretora do Instituto de Luta contra a Sida, Lúcia Furtado, durante o II Congresso Internacional de Resposta ao VIH em Angola.

De acordo com a responsável, a região leste do país, particularmente as províncias das Lundas Norte e Sul, continua a apresentar as taxas mais elevadas, o que demonstra que a epidemia mantém um perfil geograficamente desigual. Para mitigar esse cenário, Furtado anunciou que Angola está já a preparar a introdução de um medicamento preventivo do VIH, destinado sobretudo aos grupos mais vulneráveis.

Apesar dos avanços, a realidade no terreno mostra que persistem fragilidades. Inês Gaspar, da associação Luta pela Vida, reconheceu o aumento no acesso aos medicamentos antirretrovirais, mas criticou as restrições na distribuição de preservativos, uma das ferramentas essenciais para travar novas infeções.

Por sua vez, a representante da ONU-SIDA em Angola, Isabel Daniel, alertou que a redução da prevalência é um sinal positivo, mas ainda insuficiente. “É necessário investir mais recursos na prevenção, reforçar a cobertura no tratamento e garantir sustentabilidade das respostas”, sublinhou.

Com mais de quatro décadas de luta contra o vírus, os números revelam que Angola tem feito progressos, mas a batalha contra o VIH continua dependente da prevenção, da descentralização das respostas e do investimento público e internacional.

Jornalista multimédia com quase 15 anos de carreira, como repórter, locutor e editor, tratando matérias de índole socioeconómico, cultural e político é o único jornalista angolano eleito entre os 100 “Heróis da Informação” do mundo, pela organização Repórteres Sem Fronteira. Licenciado em Direito, na especialidade Jurídico-Forense, foi ainda editor-chefe e Director Geral da Rádio Despertar.

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