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“Já lá se foi o tempo que havia censura nas artes”, diz Zeca Moreno
O Presidente da UNAC, Zeca Moreno, afirmou esta quarta-feira, 24, durante a conferência de imprensa sobre I Congresso Nacional das Artes, que “já lá se foi o tempo que havia censura nas artes”.
Questionado sobre a existência de uma regulação sobre a promiscuidade nas artes, Zeca Moreno, disse que: “já lá se foi o tempo em que havia censura nas artes, hoje não há censura, mas poderá haver auto censura, ou seja, cada artista ou fazedor de arte, deve sentir-se responsável pelo que produz”, disse e continuou:
“A arte é uma actividade livre, e talvez das mais democráticas que existe no mundo, porque ninguém põe na na boca do cantor o que ele vai cantar, ou na arte do actor o que deve fazer numa arte, ou num gênero de dança, portanto é o livre árbitro que funciona”, disse.
O responsável acrescentou que, é pensando em responsabilidades que as artes devem estar acompanhadas de três funções fundamentais, em que a primeira função é a educativa, segunda função é a ética e estética, e a terceira função é a recreativa.
“Se cumprimos esses três pilares iremos produzir uma arte que tem de fato sustentabilidade para as nossas populações”, frisou.
Zeca Moreno destacou que a UNAC, enquanto órgão, não é apologista que haja uma lei que limite a iniciativa dos artistas, mas sim “o apelo que os artistas sigam padrões éticos”.
Por isso, a nível da comissão da carteira profissional, têm um código que é de deontologia: “este código é o que deve ser observado pelos fazedores de arte de maneira que a arte tenha de fato utilidade e seja mais um elemento de cativação e do civismo e não para incivilidade”.
“É com bastante tristeza que devo aqui dizer que temos ouvido é que os meios de comunicação social mais promovem músicas, conteúdos que são autênticos atentados a civilidade, autênticos atentados a educação, todos temos moral e esta moral deve ser respeitada”, avançou.
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