Sociedade
“Plantas medicinais são petróleo verde de Angola”, diz terapeuta
A teoria é defendida pelo representante da Câmara dos Profissionais Terapeutas em Angola, Júlio Kianda, que entende que a medicina natural deve ser protegida, sendo estudada nas universidades.
“Visto que uma das qualidades do espírito humano é mesmo a capacidade de investigação, a mensagem que eu deixo é para que valorizemos mais aquilo que é nosso”, disse.
Júlio Kianda garantiu também que a sua organização tem um guia de medicina tradicional lançado pela Câmara dos Profissionais da Medicina Tradicional Alternativa Natural de Angola, por isso querem que seja implementado nesses centros de ensino.
“Porque na verdade aí nós encontramos a real performance daquilo que é a nossa cultura, e sem mesmo medo de exagerar, na verdade, em Banza Congo deve se tornar potência em medicina natural, salvaguardar esta mesma ciência, porque quando se fala em termos de ordem e organização, em termos de medicina tradicional, cita-se o Izhe, Zaire em Banza Congo, e depois vêm outras províncias”, afirmou.
O naturopata considerou, por outro lado, as plantas medicinais de Angola como sendo o petróleo verde, pelo facto de alguns destes frutos terem respostas à várias enfermidades.
“Temos, em grandes quantidades, até posso dizer que as nossas plantas medicinais angolanas é na verdade o nosso petróleo verde, e já que me encontro aqui mesmo no Banza Congo, tenho que falar de um fruto comestível, doce, que a população, talvez aqui do Banza Congo, Zaire, usam. Trata-se mesmo do fruto Moacabala, é que esse fruto é chamado de Sol Palmetto pelos americanos e ingleses, Sol de Palme pelos alemães, Sebal para os franceses, e na verdade em português será Noa, digamos assim, trata-se de um fruto altamente potente e eficaz para o tratamento até mesmo do tumor menigno da próstata” justificou.
Assegurou, no entanto, que “muitas destas plantas medicinais já estão catalogadas e que já se trabalha para que o país tenha uma farmacopeia nacional com mais de 5 mil plantas.
“Já lançamos a primeira obra dia 31 do mês passado, mês de agosto, com o tema Conheça as Plantas Medicinais de Angola, mais de 300 plantas, algumas das plantas africanas, aí nós encontramos também plantas da Zâmbia, Namíbia, África do Sul, Botsuana, e pensamos lançar a segunda edição, se calhar no mês de dezembro, com mais de 500 plantas, a terceira edição será lançada com mais de 2 mil plantas, e posteriormente então, uma farmacopeia angolana com mais de 5 mil plantas, nossas mesmas”, concluiu.