Economia
Analistas preocupados com efeitos de instabilidades no ambiente de negócios
O economista José Macuva reconheceu a intenção positiva do Governo em apoiar as empresas vandalizadas durante a recente greve dos taxistas, mas teme que o financiamento dessas compensações pode recair, mais uma vez, sobre os contribuintes.
Na mesma linha, o investigador do Centro de Investigação em Ciências Sociais e Económicas (CISE) da Universidade Agostinho Neto, Hermenegildo Quexigina, alertou para os efeitos dessa instabilidade no ambiente de negócios.
O Executivo angolano anunciou um pacote de medidas de apoio às empresas vandalizadas durante a recente greve dos taxistas, registada em Luanda. A iniciativa visa, entre outros objectivos, repor os stocks danificados, compensar os prejuízos registados e garantir a manutenção dos postos de trabalho actualmente em risco.
Mais de 162 estabelecimentos foram saqueados, incluindo lojas de conveniência, supermercados, farmácias e bancas de retalho. Aqui, o jurista Carlos Cabaça, falou do que o ordenamento jurídico angolano reserva para esses tipos de casos.
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E o presidente do Bloco Democrático, Filomeno Vieira Lopes, denunciou esta segunda-feira, 04, em conferência de imprensa, a alegada intimidação e detenções arbitrárias contra cidadãos que participaram nas manifestações durante a greve dos taxistas, que gerou tumultos em várias províncias do país.
O político considerou grave a actuação das autoridades e apelou ao diálogo urgente como caminho para a resolução dos problemas sociais que levaram à paralisação.
As declarações surgem num momento em que o Executivo promete apoiar as empresas afectadas pelos actos de vandalismo com 50 mil milhões de kwanzas, enquanto organizações da sociedade civil pedem mais responsabilidade na gestão dos protestos e nas respostas governamentais.
Governo disponibiliza 50 mil milhões de kwanzas para apoiar empresas afectadas por vandalismos
