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Actos de vandalismo representam “desvio criminoso de um protesto legítimo” – CNJ

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“Os actos de arruaça e vandalismo não representam a justa reivindicação dos trabalhadores do sector de transportes, mas sim o desvio criminoso de um protesto legítimo”.

A afirmação foi feita esta segunda-feira, 28, pela Direcção do Conselho Nacional de Juventude, em reacção aos actos de vandalismo e violência perpetrados por indivíduos travestidos de taxistas, sob pretexto da recente subida do preço dos combustíveis e consequente aumento das tarifas de táxi.

“Lamentamos profundamente os actos de violência e saques ocorridos, resultando na destruição de património público e privado. A utilização de vestimentas de activistas cívicos para encobrir acções criminosas demonstra uma total falta de respeito pelas instituições, pela ordem pública e pela luta legítima por melhores condições de vida”, lê-se no comunicado do CNJ ao qual o Correio da Kianda teve acesso.

A direcção do CNJ prossegue dizendo entender “a preocupação da população com a subida dos preços dos combustíveis e o seu impacto na vida dos cidadãos”.

No entanto, ressalta condenar “firmemente a violência e os métodos ilegais empregues por esses indivíduos, que apenas contribuem para a instabilidade social e para a impunidade”.

“Exigimos que as autoridades competentes investiguem exaustivamente os ocorridos, identifiquem e processem todos os responsáveis pelos actos de vandalismo e saques, garantindo a aplicação da lei de forma justa e exemplar. A impunidade encoraja a repetição de tais actos”, ressaltou a organização.

A Polícia Nacional confirmou a detenção de mais de cem cidadãos envolvidos nos actos de arruaça, destruição, pilhagem, perturbação da ordem pública em Luanda, bem como informou que os dados apontam para vinte autocarros públicos vandalizados, ao passo que os transportes privados estão por contabilizar, uma vez que continuam as investigações para que todos os cidadãos envolvidos em actos de vandalismo sejam responsabilizados.

“A violência nunca será o caminho para a resolução de problemas. Condenamos veementemente qualquer acto que ponha em risco a ordem e a segurança pública”, finalizou o CNJ.

Neste momento, segundo o Ministério do Interior, “a situação de segurança pública é estável” e apelou, igualmente, “à população para que se abstenha de participar e/ou incentivar esse tipo de acções e que colabore com as autoridades, denunciando quaisquer actividades suspeitas”.

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