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Sociedade

Zungueiras protestam contra acções de reordenamento do comércio em Luanda

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Centenas de vendedoras saíram às ruas esta segunda-feira, 22, em protesto contra as acções de sensibilização desenvolvidas pelo Governo Provincial de Luanda, no âmbito do reordenamento do comércio na cidade capital.

Em causa, estão as acções de sensibilização nas avenidas Cónego Manuel das Neves (São Paulo), Ngola Kiluanje e nas ruas da Gajageira e Rei Mandume, nos distritos urbanos do Sambizanga e Rangel, para que as “zungueiras” deixem de vender nas ruas e utilizem os mercados criados para este fim.

As manifestantes marcharam até o GPL e ao Palácio da Justiça. Nos vídeos postos a circular nas redes sociais, as mulheres criticam a decisão levada a cabo pelo Governo e defendem “ser por meio da zunga que elas pagam a renda de casa e a escola dos filhos”.

Em declarações publicadas este fim-de-semana, o GPL informa que a Administração do Distrito Urbano do Sambizanga iniciou a sensibilização no mês de Janeiro, com um processo de cadastramento dos vendedores para serem encaminhados aos mercados existentes no município do Cazenga e noutros a nível da província.

“O Governo Provincial de Luanda e a administração não têm como objectivo deixar as pessoas desprovidas de locais para fazerem as suas vendas. Não é verdade quando as pessoas dizem que não há lugares nos mercados. Por exemplo, no mercado do São Paulo, há 82 lugares disponíveis, para além dos 50 que já foram preenchidos. Temos, também, o mercado do bairro Operário, que brevemente vai entrar em funcionamento, com 73 lugares”, informou Orlando Paka, Administrador do Distrito do Sambizanga.