Mundo
Zimbabué limita reuniões públicas para conter surto de cólera
O Governo do Zimbabué anunciou esta quarta-feira, 27, medidas de controlo rigorosas sobre as reuniões públicas, especialmente as religiosas, face ao surto de cólera que já matou pelo menos 550 pessoas desde Setembro passado.
O Presidente do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, ordenou a instalação de furos alimentados por energia solar nos locais onde se realizam frequentemente reuniões públicas para “garantir o fornecimento de água potável e saneamento”, disse o porta-voz.
Além disso, de acordo com Muswere, “todas as reuniões devem obter autorização prévia (…) das autoridades sanitárias”, com o objetivo de travar um surto que já registou cerca de 29 mil infeções desde o ano passado e se espalhou pelos 64 distritos do país.
Em 2008, o Zimbabué sofreu um surto de cólera que matou mais de 4 mil pessoas e infetou cerca de 100 mil em todo o país.
A cólera é uma doença diarreica aguda causada pela ingestão de alimentos ou água contaminados com a bactéria ‘Vibrio cholerae’.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cólera continua a ser “uma ameaça global para a saúde pública e um indicador de desigualdade e falta de desenvolvimento”.
No passado mês de Fevereiro, a OMS alertou para um grave aumento dos casos da doença na África Oriental e Austral, sendo a Zâmbia e o Zimbabué os países mais afectados, tendo também sido registadas infeções em Moçambique, na Tanzânia, na Etiópia e na República Democrática do Congo, entre outros.