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Zelensky exorta G7 a tudo fazer para pôr fim à guerra até ao final do ano
O Presidente Ucraniano, Wolodmir Zelensky, exortou nesta segunda-feira, os dirigentes do Grupo das 7 maiores potenciais do mundo a imprimirem acções com vista a pôr fim à guerra que já dura quatro meses, até ao final deste ano. Zelensky interviu, por vídeo-conferência no segundo de três dias da reunião de três dias que decorreu em Elmau, no sul da Alemanha, dos dirigentes do G7, dos quais reclamou por mais sanções contra a Rússia e um empenho “máximo”.
“Hoje não é o momento para negociar”, “Intensificar as sanções contra a Rússia” e “um empenho máximo para por fim à guerra até ao final de 2022”, foi o essencial da mensagem hoje dirigida pelo Presidente Ucraniano aos seus parceiros do G7. Expressando-se por videoconferência, Zelensky pediu igualmente mais sistemas de defesa antiaéreos, assim como apoios para exportar os seus cereais bloqueados pelas forças russas.
Apelos aos quais, o chefe do governo do país anfitrião, Olaf Scholz, respondeu garantindo que o “G7 vai continuar a aumentar a pressão sobre Vladimir Putin”, um comunicado do G7 tendo igualmente expressado a “viva preocupação” do G7 perante a recente decisão de a Rússia entregar mísseis com capacidade nucleares ao seu aliado bielorrusso.
Entre as novas medidas a serem aplicadas pelo G7, foi decidido um embargo ao ouro russo, uma sanção que segundo o chefe do governo britânico “vai afectar directamente os oligarcas russos e vai atingir o coração da máquina de guerra de Putin”.
Outra medida reclamada hoje por Zelensky e que está em estudo sem que se tenha chegado para já a algo de concreto, é a criação de um mecanismo visando a estabelecer um tecto para o nível mundial do preço do petróleo russo.
Para além desse aspecto, o G7 exigiu hoje a libertação imediata dos ucranianos levados à força pelos russos, os sete tendo pedido igualmente que a Rússia permita as exportações de cereais da Ucrânia para evitar um agravamento da crise alimentar mundial.
Relativamente a este que é o outro grande pelouro da cimeira, a discussão está aberta com o Secretário-Geral da ONU e com os dirigentes de cinco países convidados, a Índia, Argentina, Senegal, Indonésia e África do Sul. No começo do mês, recorde-se, o chefe de Estado senegalês e presidente em exercício da União Africana, tinha-se deslocado a Moscovo precisamente no intuito de abordar com Vladimir Putin a necessidade de os países africanos garantirem o seu fornecimento em cereais ucranianos.
De acordo com a ONU, mais de 320 milhões de pessoas correm o risco de se encontrar em situação de insegurança alimentar até ao final do ano devido ao conflito, se nada for feito.