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Zenú dos Santos pede demissão

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Zenú Dos Santos apresenta demissão depois de se ver o seu nome e do seu sócio Jean Claude Bastos de Morais terem sido expostos em nos “Paradise  papers”, respeitante a forma como desviaram fundos do Fundo Soberano (FSDEA) para as suas empresas. 
Em causa estão dúvidas nas relações entre o FSDEA e a empresa suíça Quantum Global, de Bastos de Morais – alegado sócio de Filomeno dos Santos em vários negócios em Angola -, empresa especializada na gestão de ativos, tida como responsável por parte dos investimentos do fundo nas Ilhas Maurícias.
 
Segundo o jornal suíço Le Matin Dimanche, que revelou documentos dos ‘Paradise Papers’, dos 5.000 milhões de dólares (4.300 milhões de euros) atribuídos inicialmente, pelo Estado, ao FSDEA, cerca de 3.000 milhões (2.500 milhões de euros) terão sido investidos em sete fundos nas Maurícias, via Quantum Global, empresa de Jean Claude Bastos de Morais.
 
A Quantum Global, revela ainda o jornal suíço, terá recebido entre 2% a 2,5% do capital por ano, o que desde 2015 corresponderá a um valor entre 60 e 70 milhões de dólares (50 a 60 milhões de euros) anuais.
 
Em reação a este escândalo, varias personalidades angolanas e estrangeiras tem alertado que o novo Presidente de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço   tem pretexto para despedir “Zenú” da liderança do FSDEA.
 
Depois do afastamento da sua irmã Isabel dos Santos da Sonangol, e do cancelamento dos contratos entre a Semba Comunicação (Tchizé dos Santos) e da sua Bromangol, “Zenú” ve-se sem condições morais e exemplares para estar a frente do FSDEA.
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