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Zâmbia recusa asilo político a líder opositor no Zimbabué
A Zâmbia recusou hoje o asilo político que tinha sido pedido “com urgência” pelo ex-ministro e dirigente da oposição zimbabueana, Tendai Biti, segundo o advogado Denford Halimani, ligado ao Partido Democrático das Pessoas.
Tendai Biti, presidente do Partido Democrático das Pessoas, foi detido na manhã de hoje por algum tempo na fronteira entre os dois países e posteriormente libertado pelas autoridades, após ter sido brevemente detido na fronteira entre os dois países.
Não houve ainda comentários da polícia do Zimbabué sobre este caso em particular.
O diretor da Human Rights Watch (HRW) para a África Austral, Dewa Mavhinga, transmitiu que Biti lhe disse que “foi tomada a decisão de retorno ao Zimbabué” e que estava “nas mãos de Deus”.
Figura importante da oposição e ex-ministro das Finanças do Governo de Unidade Nacional (2009-2013), Tendai Biti é procurado pela Justiça sob a acusação de incitar à violência, segundo o jornal pró-governamental The Chronicle.
Biti declarou antes do anúncio oficial dos resultados da comissão eleitoral que Nelson Chamisa, o candidato do MDC, havia ganhado a eleição “para além de qualquer dúvida razoável”.
A comissão eleitoral proclamou a vitória do atual Presidente, Emmerson Mnangagwa – ex-braço-direito do antigo chefe de Estado Robert Mugabe, que foi forçado a deixar o poder pelo exército em novembro depois de 37 anos no poder — com uma votação de 50,8%.
Segundo os resultados oficiais, Nelson Chamisa obteve 44,3% dos votos, que, no mesmo dia da votação, rejeitou os números, os quais considerou “falsos e não verificados”.
Pelo menos seis pessoas morreram na repressão às manifestações de protesto contra os resultados das eleições presidenciais.
A HRW denunciou, na terça-feira, que as forças de segurança do Zimbabué intensificaram a repressão aos apoiantes da oposição, após os protestos da semana passada contra a alegada manipulação dos resultados das eleições.
LUSA