Zaire ganha fábrica de produção de fertilizantes com 3.500 postos de trabalho

A província do Zaire vai contar, dentro de dois anos, com uma fábrica de produção de fertilizantes para impulsionar a agricultura e acabar com a sua importação. O referido projecto vai permitir empregar 3.500 jovens da província.

Trata-se de um projecto de iniciativa privada, que deverá produzir anualmente 1.2 milhões de toneladas de ureia e Amônia e está avaliado em 2.2 milhões de dólares, para impulsionar a produção agrícola naquela região norte do país.

Financiado pelo Afreximbank, o objectivo da futura fábrica é contribuir para a redução da dependência de importações de fertilizantes e promover o desenvolvimento sustentável em Angola.

O empresário Agostinho Kapaia, mentor do projecto, disse que o fabrico de fertilizantes Amufert, lançado nesta segunda-feira, 29, representa “uma promessa para transformação e inovação para agricultura de África”.

Agostinho Kapaia entende que o actual momento que se vive é de se apostar na industrialização se torna cada vez mais evidente, com vista a assegurar a segurança alimentar do país.

Agostinho Kapaia disse ainda que o grupo já prevê duplicar a capacidade de produção prevista, referindo que o que interessa é que, de facto, Angola já não vai precisar de importar fertilizantes, pois terá excedente para poder exportar e captar mais liquidez.

Por sua vez, o presidente do Afreximbank, Benedict Okey Oramah, destacou a relevância do projecto Amufert para a região africana.

“Este projecto é um exemplo da capacidade da região africana de desenvolver soluções inovadoras e sustentáveis para melhorar a segurança alimentar e o desenvolvimento económico”, disse.

Já o ministro dos Recursos, Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, considerou que o uso responsável e eficiente de fertilizantes é crucial para minimizar o impacto ambiental negativo e promover práticas agrícolas sustentáveis.