Sociedade
Waldemar Bastos sepultado no cemitério da Galiza
Os restos mortais do músico Waldemar Bastos foram hoje a enterrar no cemitério da Galiza, em Lisboa.
O músico faleceu a 10 deste mês, no Hospital de Oncologia de Liboa (Portugal), vítima de prolongada doença.
A seguir ao funeral, no anfiteatro do Parque dos Poetas, no Estoril, decorreu uma homenagem pública condicionada pelo cumprimento das regras de biossegurança no âmbito da prevenção e combate à covid-19.
A cerimônia de apresentação de condolências contou com a presença de alguns membros da comunidade angolana, adidos de imprensa e cultural da Embaixada de Angola em Portugal, músicos angolanos com destaque para Mário Gama, Eddy Tussa e outras personalidades e amigos da família. O acto aconteceu no Parque dos Poetas, em Oeiras.
Biografia
Waldemar dos Santos Alonso de Almeida Bastos, conhecido como Waldemar Bastos, nasceu em Mbanza Congo, capital da província do Zaire, a 4 de Janeiro de 1954.
Começou a cantar em idade muito precoce, utilizando instrumentos do seu pai. Após a independência, em 1975, rumou para Portugal.
Foi um dos mais notáveis músicos da Angola independente, ao lado de nomes sonantes, como Barcelo de Carvalho Bonga, Elias Dya Kimuezu, Alberto Teta Lando, Ruy Mingas, André Mingas, Filipe Mukenga, entre outras vozes clássicas.
Em mais de 40 anos de carreira, foi distinguido com um diploma de membro fundador da União dos Artistas e Compositores (UNAC-SA) e com Prémio Award, em 1999, pela World Music.
Dono de voz inconfundivel e composições de grande valor patriótico, trabalhou com vários artistas de renome no Mundo, entre as quais Chico Buarque, Dulce Pontes, David Byrne, Arto Lindsay e Ryuichi Sakamoto.
Nas suas várias andanças pelo mundo, teve o privilégio de actuar com a Orquestra Gulbenkian, a London Symphony Orchestra e a Brazilian Symphony Orchestra, momentos que o artista chegou a considerar dos mais marcantes da carreira.
Amante dos Bee Gees e de Carlos Santana, recebeu, em 2018, o Prémio Nacional de Cultura e Artes, a mais nobre distinção cultural da República de Angola.
Em 2017, foi considerado Músico e Cantor Internacional do ano, no X Encontro de Escritores Moçambicanos na Diáspora, em Lisboa, ocasião em que foi elogiado por defender a democracia e os direitos humanos.
Discografia
1983: Estamos Juntos (EMI Records Ltd) 989: Angola Minha Namorada (EMI Portugal) 1992: Pitanga Madura (EMI Portugal) 1997: Pretaluz [blacklight] (Luaka Bop) 2004: Renascence (World Connection) 2008: Love Is Blindness (2008) 2012: Classics of my soul (2012).
Com Angop