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“Votamos contra sobre detenção de deputados por que UNITA quis fazer facto político” – MPLA

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O Grupo Parlamentar do MPLA enfatizou que mais uma vez, o maior partido na oposição aproveitou o momento para criar facto político, referindo que muitas vezes estes factos vão ao arrepio daquilo que é a normalidade do funcionamento das instituições do Estado.

Em declarações, o deputado Milonga Bernardo disse que o MPLA se absteve na votação de protesto sobre detenção de deputados, na província de Cuanza Norte, pelo facto de a UNITA querer “criar um show político, como sempre o fez em sede das plenárias, aproveitando-se da visibilidade das câmaras para passar uma mensagem política”.

Para Milonga Bernardo, a perda de vida de todo e qualquer angolano de forma gratuita é repugnante, por isto encoraja s autoridades a trabalhar na apuração dos factos.

O voto de protesto da UNITA sobre a “detenção ilegal” de dois dos seus deputados, na província do Cuanza Norte, quando participavam numa manifestação pacífica para exigir que as autoridades investigassem o assassinato de 17 camponesas nas suas lavras, foi esta quinta-feira, 20, chumbado pela Assembleia Nacional.

Com 78 votos a favor da UNITA contra 107 do MPLA, o requerimento do principal partido na oposição foi rejeitado, sob alegação de que não constava na agenda da plenária a detenção dos deputados Francisco Falua e João Quipipa Dias, do círculo provincial do Cuanza Norte.

O Presidente do Grupo Parlamentar da UNITA, Liberty Chiyaka, mostrou-se indignado e revoltado com a postura dos deputados do MPLA, e declarou que a postura assumida pelos parlamentares do partido que sustenta o governo, envergonha o país e o mandato conferido pelos votos nas urnas.

O voto de protesto da UNITA chumbado no hemiciclo exorta o ministro do Interior a prosseguir com determinação a limpeza e reformas necessárias na Polícia Nacional, tornando a corporação ao serviço do país, e que não dependa de nenhum partido político.

O documento do Galo Negro exprime igualmente, criticas profundas a suposta actuação violente contra os dois deputados

Sobre o assunto o cientista político Eurico Gonçalves defende ser importante reiterar que todos deputados no Parlamento representam o povo angolano, pelo que a rejeição da acção de protesto do maior partido na oposição é intrínseca a natureza dos relatos e a forma da manifestação dos deputados.

O cientista político considera por outro lado que a rejeição do acto de protesto não se trata de uma fuga para frente por parte da Bancada Parlamentar do MPLA quanto aos assassinatos das camponesas. Eurico Gonçalves assegura que o chumbo do requerimento da UNITA não retira o carácter democrático no hemiciclo, pelo facto de a decisão sobre a acção de protesto ter sido tomada pela via de votação.

 

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