Politica
“Visit Angola” de Biden transformada em campanha turística. Analistas avaliam visita do Presidente dos EUA
O ministro do Turismo, Márcio Daniel, anunciou esta quarta-feira, 04, em Benguela, a campanha designada por “Visit Angola” – seguindo o convite feito por Joe Biden, durante o seu discurso, no Museu da Escravatura.
O governante disse que há um projecto que visa identificar e criar o plano turístico, num eixo da comunicação, para que o mundo conheça Angola através do turismo.
O Presidente dos Estados Unidos, que esteve em Angola numa visita de três dias, no último dia, ontem, em Benguela, afirmou que “o futuro está aqui e agora”.
Joe Biden disse ainda que a primeira linha férrea transcontinental em África vai encurtar a viagem e favorecer a transformação da região de importadores em exportadores de grãos.
O Presidente dos EUA garantiu também um investimento adicional de 600 milhões de dólares para infra-estruturas agrícolas, e reformar a linha férrea de Benguela, que já transportou cobre da República Democrática do Congo para os Estados Unidos, num curto espaço de tempo.
Democracia
Biden disse esta terça-feira que “João Lourenço está a trabalhar muito para estabelecer a democracia”. O responsável da organização Mão Livres, Guilherme Neves, que participou do encontro com o estadista norte-americano, no Museu de Escravatura, considerou como uma mensagem profunda do Presidente Biden ao seu homólogo João Lourenço, sobre o aprofundamento da democracia, o que reflecte que o país ainda vigora o sistema autoritário.
O defensor dos direitos humanos, disse que mais do que avaliação do nível de democracia, “é necessário que os cidadãos tenham uma vida digna, uma governação que vai aos anseios do cidadão sem exclusão”.
Por seu turno, o especialista em relações internacionais, Lendário Zalat, disse à Rádio Correio da Kianda que o envolvimento dos estadistas da RDC, Zâmbia e Tanzânia revela um sinal de confiança aos investidores.
Já, o cientista político Eurico Gonçalves, disse que a visita do estadista norte-americano correspondeu as aspirações dos dois países, e “poderá fortalecer as instituições políticas, a democratização interna, e ganhos no sector das Forças Armadas Angolanas”.
E, o economista José Lumbo, é de opinião que, Angola ganha uma sublime oportunidade, e vai oferecer conforto aos países que transportam o minérios.