África
Violência pós-eleitoral faz cerca de 700 mortos na Tanzânia
As eleições presidenciais e legislativas na Tanzânia, aconteceram nesta quarta-feira, 29 de Outubro, num clima de exclusão e tensão. Desde então, a capital económica, Dar es Salaam, assim como outras cidades, tem sido palco de protestos massivos contra o governo, levando à intervenção dos militares e ao desligamento da internet.
O partido da oposição Chadema, informou na sexta-feira, que a violência pós-eleitoral deixou cerca de 700 mortos. Estão desde quarta-feira, com membros visitando vários hospitais do país para chegar a essa estimativa.
Assim que os primeiros resultados parciais foram anunciados pela televisão estatal, manifestações eclodiram em Dar es Salaam e em várias grandes cidades, denunciando uma eleição desprovida de pluralismo e uma repressão sistemática dos opositores.
Dois dos principais opositores do chefe de Estado, Samia Suluhu Hassan, foram presos ou desqualificados, deixando apenas dezesseis candidatos de pequenos partidos, incapazes de realizar uma campanha nacional.
O Chadema, e uma fonte de segurança, apontam que a violência causou a morte de cerca de 700 pessoas, embora não possa ser verificado de forma independente devido ao desligamento quase total da Internet e ao rígido controle exercido pelas autoridades sobre hospitais e meios de comunicação.
Segundo testemunhas, foram ouvidos tiros pesados, delegacias de polícia queimadas e civis fugindo da polícia de choque, em Mwanza, no norte do país, os confrontos também causaram várias centenas de vítimas.
O chefe do exército, General Jacob John Mkunda descreveu os manifestantes como “criminosos” e garantiu que “as forças de defesa estão contendo a situação”.