Connect with us

Sociedade

“Violência contra as mulheres afecta não apenas as vítimas”, diz sociólogo

Published

on

O sociólogo Pedro Tati manifestou preocupação com a pouca atenção dada à violência contra as mulheres, numa altura em que o país registou 8.558 casos, de Janeiro a Outubro, deste ano.

Com a aproximação do Ano Novo, Pedro Tati considera importante alertar a sociedade para os impactos das agressões cometidas contra o sexo feminino, com vista a reduzir significativamente o número de casos em 2025.

Segundo o sociólogo, a compreensão deste tema vai além dos actos de violência física, merecendo assim, uma análise mais aprofundada.

“Na verdade, a violência contra as mulheres não é apenas de natureza física. Ela também é de natureza psicológica, sexual, social, económica e até simbólica. E, na verdade, esta violência tende a apresentar uma expressão de desequilíbrio e poder que ainda marca as relações entre homens e mulheres”, frisou.

Para o especialista em relações humanas na sociedade, a violência contra as mulheres afecta não apenas as vítimas, mas também toda uma comunidade, desencadeando uma série de consequências a curto, médio e longo prazo, com destaque para a diminuição da participação das mulheres na vida pública.

Por esta razão, Pedro Tati apelou ainda à construção de normas culturais que promovam o respeito e a igualdade de género.

“É preciso tecer ideias relacionadas com uma percepção multidimensional das consequências da violência contra as mulheres. Estas consequências vão estender-se ao âmbito familiar e psicológico, além de vários outros. É necessário que sejam envolvidas questões voltadas para a educação, a mudança de atitudes e as políticas públicas efectivas”, disse o sociólogo.

De acordo com um relatório da ONU, publicado em 2024, a violência contra mulheres e meninas é a violação mais generalizada dos direitos humanos. Os assassinatos relacionados com o género de mulheres e meninas (feminicídios) são a forma mais extrema de violência contra mulheres e meninas, sendo frequentemente o resultado de formas anteriores de violência perpetradas contra elas dentro dos seus lares.

Radio Correio Kianda




© 2017 - 2022 Todos os direitos reservados a Correio Kianda. | Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem prévia autorização.
Ficha Técnica - Estatuto Editorial RGPD