Sociedade
VIH: ONG denuncia morte de 13 mil pessoas por ano em Angola
Cerca de 13 mil pessoas morrem todos os anos vítimas de VIH e outras 26 mil são contaminadas no mesmo período em Angola, segundo dados da Rede Angolana de Organizações de Serviços de Sida (ANASO).
Segundo o presidente da ANASO, António Coelho, em declarações à imprensa a propósito do Dia Mundial de Luta contra o VIH, que ontem se celebrou, a instituição controla 350 mil pessoas com o vírus e deste infectados, 190 mil são mulheres.
O responsável alertou para o aumento de casos em Angola, adiantando que das 350 mil pessoas, vivendo com VIH, apenas 110 mil fazem terapia com os antirretrovirais.
De acordo com os dados da ANASO, a província do Cunene lidera o número de contaminações, com uma prevalência de cinco por cento, segue-se Cuando Cubango com quatro por cento, as Lundas e o Cuanza Norte, com três por cento cada.
Ainda no âmbito do Dia Mundial de Luta contra o HIV, a ANASO promoveu um campanha de sensibilização contra a doença, no mercado do KM30, onde perto de 100 jovens aderiram a testagem voluntária do VIH.
O evento que juntou mais de 200 activistas serviu para promover a mudança de mentalidade no seio da sociedade.
Para tal foram afixadas duas clínicas móveis para a testagem, aconselhamento, distribuição de preservativos e cartilhas.
Os jovens presentes nas filas de testagem optaram por saber o seu estado serológico, como o caso de Arlindo Capitango que defende a testagem para saber os passos que devem ser dados caso esteja infectado.
Para Conceição Barros e Victória Severino, um novo relacionamento deve-se basear em pontos bem definidos e nada melhor do que saber do estado de saúde de cada um dos parceiros.
Já Judith Visolela afirma que o espírito de prevenção foi o seu impulsionador , enquanto o Carlos Gomes teve como motivação o facto de constantemente manter relações sexuais desprotegido.
A ANASO optou por realizar a actividade no mercado do 30 por ser o maior centro de concentração populacional, onde circulam diariamente perto de 500 mil pessoas.
Por Angop