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VIH: Madagáscar com aumento de 158% de mortes desde 2010

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Cerca de 3.100 pessoas morreram de doenças relacionadas com a SIDA em Madagáscar, o que significa um aumento de 158% desde 2010.

O anúncio foi feito pela ONUSIDA, tendo apontado lacunas na prevenção e desigualdades como estando na origem do vírus.

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH)/Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) (ONUSIDA), estima-se no entanto que 76.000 pessoas viviam com o VIH em 2023 nesta nação africana e que cerca de 3.100 pessoas morreram de doenças relacionadas com a SIDA.

Segundo a directora executiva do ONUSIDA, Winnie Byanyima, a “pandemia em Madagáscar é impulsionada por lacunas na prevenção do VIH e desigualdades gritantes que devem ser urgentemente abordadas”.

A responsável afirma que, os obstáculos na recolha de dados e os fracos sistemas de vigilância dificultam a recolha dos mesmos, tendo apelado uma aceleração da solidariedade mundial para reforçar a resposta de Madagáscar ao VIH, incluindo a prevenção de novas infecções e a expansão do acesso ao tratamento, a fim de acabar com a SIDA enquanto ameaça para a saúde pública”.

“Além disso, a maioria das pessoas que vivem com o VIH não tem acesso a tratamento. Apenas 22% das cerca de 76.000 pessoas que vivem com VIH em Madagáscar tinham acesso a cuidados em 2023”, lamentou.

No norte de Manakara (costa leste), as campanhas de despistagem do VIH realizadas pelo Ministério da Saúde revelaram taxas de prevalência urbana do vírus que variam entre 3% e 18% na população.

Para o ONUSIDA, é necessário reforçar a recolha de dados para melhor direcionar a resposta nacional ao vírus, a fim de combater eficazmente a pandemia.

O ONUSIDA tem apoiado a implementação de serviços de teste e aconselhamento sobre o VIH e ajudado a alargar o acesso à terapia anti-retroviral, salientou.

Madagáscar é um dos países mais pobres do mundo, um factor que está a impulsionar novas infecções, indicou.

Em 2023, o Banco Mundial estimou a taxa de pobreza do país em 62,6%, citou.

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