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Vídeos de assassinatos no Sudão causam suspensão de redes sociais no Sudão do Sul

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As autoridades do Sudão do Sul suspenderam o acesso às plataformas de mídia social, por no mínimo 30 dias, em consequência dos tumultos e ataques mortais de vingança após vídeos que retratam supostos assassinatos de cidadãos, no estado de El Gezira, no Sudão.

O bloqueio deveria ser implementado à meia-noite de quarta-feira, escreveu Napoleon Adok, diretor-geral da Autoridade Nacional de Comunicações, em uma carta datada de quarta-feira aos provedores de serviços de internet.

“Isso é o ápice da recente revolta no Sudão, que expôs a população sul-sudanesa a níveis sem precedentes de violência extrema por meio de postagens nas redes sociais”, escreveu Adok na carta vista pela Reuters.

Os clientes das operadoras de telefonia móvel MTN South Sudan e Zain não poderão acessar o Facebook, TikTok e outras plataformas por um período máximo de 90 dias, disseram as empresas em comunicados emitidos na quarta-feira.

Pelo menos 16 cidadãos sudaneses foram mortos na semana passada quando tumultos eclodiram na capital do Sudão do Sul, Juba, e em outras partes do país.

Jovens em várias cidades saquearam e vandalizaram lojas de propriedade de cidadãos sudaneses e queimaram várias casas, disse a polícia, em retaliação ao que eles acreditavam ser o envolvimento de militares do Sudão e grupos aliados nos assassinatos em El Gezira.

O exército sudanês condenou o que chamou de “violações individuais” em El Gezira.

“O efeito é um pouco grande porque, como artista, dependo muito das mídias sociais”, disse Isaac Anthony Lumori, também conhecido como Mc Lumoex, um popular músico sul-sudanês e fundador de um programa de comédia.

“Minha mensagem ao governo é buscar uma maneira amigável de resolver esse problema, especialmente envolvendo o governo do Sudão para garantir que (seu) exército não se comporte mal a ponto de tirar vidas humanas”, disse ele à Reuters.

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