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Politica

Vice-PR: “estar infectado com VIH não significa estar afastado, excluído ou esquecido”

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Por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a Sida, que hoje se assinala, o Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, emitiu uma mensagem dirigida às pessoas vivendo com o vírus do VIH, em que os encorajou a levar uma vida normal, pois o estar infectado não deve significar o fim da vida e do convívio social.

Na sua mensagem de incentivo, Bornito de Sousa começou por dizer que 2020 é o ano em que o mundo entrou para a última década do programa da ONUSIDA, que visa acabar com a SIDA até 2030, e por isso a necessidade de se reforçar nas acções para o alcance desse objectivo que considera alcançável.

O Vice-Presidente da República apontou quatro factores que para ele constituem elementos-chave para o alcance do objectivo, que passa por mais financiamento à saúde, fortalecimento dos sistemas de saúde, para torná-lo funcionais e eficientes, a garantia do acesso aos cuidados primários de saúde à todos, bem como do respeito pelos direitos humanos.

“Ao propor como lema para a campanha de 2020 ‘Solidariedade global, responsabilidade compartilhada’, a ONUSIDA faz um apelo inequívoco à necessidade de integração e de respostas multisectoriais para vencermos essa epidemia”, disse, argumentando que esta é “a oportunidade de ouro para unirmos as nossas vozes, gerando sinergias e mostrarmos, em Angola e no mundo inteiro, que quem vive com o VIH é e continuará a ser, como sempre, um de nós!  Estar infectado com o VIH não significa estar afastado, excluído, acabado ou… esquecido”.

“Há anos que graças a novas formas de tratamento é possível seguir em frente. Ter uma vida normal.  Sem estigmas e discriminações”, continuou, “façamos da solidariedade um catalisador de vontades de progresso e desenvolvimento económico e social”.

O vice-presidente de Angola exortou a que se faça da solidariedade a principal arma na luta contra a SIDA e todos os males que afectam e põem em perigo a forma de os cidadãos ser e estar em sociedade, em comunidade, em família.

Segundo o político, a covid-19 veio desviar os recursos anteriormente destinados ao combate à sida, em quase todo os países. “Se por si só o VIH já constitui um desafio duro para os Estados, Famílias, Empresas. enfim., para as economias, a combinação com a covid-19 resulta num obstáculo ainda mais difícil e complexo, que apenas pode ser superado com solidariedade e responsabilidade compartilhada”, justificou Bornito de Sousa.

A sua mensagem termina com uma chamada de atenção de que o mundo vive a altura em que a cada um deve se impor e dar o melhor sentido à solidariedade e amor ao próximo. “Sejamos capazes de dizer não ao estigma e à discriminação. Juntos venceremos essa batalha!”, concluiu.

O Dia Mundial da Luta Contra a SIDA é uma efeméride instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas e a Organização Mundial da Saúde, no dia 27 de Outubro de 1988.  Desde então, todos os anos, a 1 de Dezembro, realizam-se acções em prol da consciencialização, com destaque para uma marcha.

Em Angola, de acordo com a ANASO, rede de organizações não governamentais que trabalham na luta contra a doença, existem, actualmente, mais de 30 mil cidadãos que vivem com a doença.