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Venezuela: reitor do CNE denuncia falta de transparência no processo eleitoral

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Após quase um mês, um dos reitores do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela quebrou o silêncio para falar sobre as irregularidades e a falta de transparência no processo eleitoral de 28 de Julho.

Numa publicação em que escreve que “mantém o seu compromisso com o povo venezuelano”, o responsável começa por afirmar que “durante o dia das eleições, o processo se desenvolveu com relativamente poucos incidentes registados até às 17 horas”.

Porém, “após o encerramento das assembleias de voto, foi evidenciada uma violação de regras e regulamentos essenciais quando foram relatados incidentes de expulsão de testemunhas da oposição durante o encerramento das assembleias de voto, o que constituiu uma violação direta dos princípios de equidade e do direito dos eleitores a terem acesso aos registos de votação, comprometendo a legitimidade do processo nesses centros de votação”.

O responsável conclui a sua missiva referindo ainda que por tudo aquilo que aconteceu durante o dia das eleições evidenciam a falta de “veracidade dos resultados eleitorais”.

Na quinta-feira passada, o TSJ da Venezuela, controlado pelos chavistas, declarou Nicolás Maduro vencedor das eleições presidenciais e instou a Procuradoria-Geral da República a investigar possíveis crimes cometidos pelos líderes da oposição.

A validação da vitória de Maduro foi rejeitada por numerosos países que pedem às autoridades venezuelanas que divulguem os resultados eleitorais detalhados.

Onze países, entre os quais os Estados Unidos, o Chile e a Argentina, rejeitaram hoje de forma “categórica” a sentença do TSJ.

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