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Venezuela obtém vaga no Conselho de Direitos Humanos da ONU
Apesar das críticas de ONGs e de países latino-americanos, a Venezuela obteve, nesta quinta-feira (17), um assento no Conselho de Direitos Humanos da ONU para o período 2020-2022, em uma votação secreta organizada pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
Caracas classificou sua eleição como uma “importante conquista”. Com 105 votos, a Venezuela foi aplaudida quando o resultado foi anunciado. Era necessário reunir uma maioria de 97 votos dos 193 membros da ONU.
Duas cadeiras estavam disponíveis para a América Latina. A segunda ficou com o Brasil, que obteve 153 votos. A Costa Rica, que tentou derrotar a Venezuela, obteve apenas 96.
“Em razão das graves violações dos direitos humanos” constatadas pela ONU, “o regime da Venezuela não é um candidato adequado para o Conselho de Direitos Humanos”, alegou, em 3 de outubro, o presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado, anunciando a candidatura de seu país no último minuto.
“Seria inadmissível receber no Conselho dos Direitos Humanos os que cometem violações dos direitos humanos e crimes contra a humanidade”, reforçou o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.
Cerca de 50 países consideram ilegítima a Presidência de Nicolás Maduro e apoiam seu opositor Juan Guaidó. Ainda assim, o primeiro mantém apoios importantes, incluindo China e Rússia.