Sociedade
Varíola do macaco: médico apela cuidados no consumo da carne de animais selvagens
As províncias de Cabinda e da Lunda Sul registaram os primeiros casos de varíola de macaco. O anúncio foi feito pelas autoridades locais, que dizem estarem a trabalhar para dar mais esclarecimentos dos casos suspeitos.
Na província da Lunda Sul, foram identificados dois casos suspeitos da doença em dois cidadãos, um nacional e outro da República Democrática do Congo, suspeitos de ter consumido carne de macaco nos últimos sete dias. Entretanto, as autoridades sanitárias garantem estarem criadas as condições para travar a propagação da varíola de macaco.
Em Cabinda, o caso envolve um cidadão angolano, de 20 anos de idade, residente no município sede, segundo disse Rúben Buco, secretário provincial da Saúde, durante a quinta-reunião ordinária do Conselho Provincial do Governo, numa sessão orientada
Entretanto, o especialista em Saúde Pública Jeremias Agostinho diz que o país está perante casos suspeitos com maiores indícios de varíola do macaco, mas, só será provado depois dos resultados laboratoriais, que pode levar algum tempo.
O médico pede a população cuidados preventivos com alimentos, sobretudo, das carnes de animais selvagens que podem estar contaminados com vírus, lavar frequentemente as mãos com água e sabão.
A OMS já fez saber que as primeiras vacinas contra o monkeypox (mpox) deverão chegar à República Democrática do Congo, nos próximos dias, a afirmação foi feita nesta sexta-feira,30, pelo Diretor-Geral da Organização Mundial de Saúde daquela Organização Mundial.
“Esperamos que a primeira remessa chegue nos próximos dias”, disse Tedros Ghebreyesus, numa conferência de imprensa em Genebra, após regressar da RDCongo.
“Parte do carregamento chegará nos próximos dias”, e depois as entregas aumentarão, acrescentou.
O ressurgimento do mpox em África, que afecta a República Democrática do Congo e outros países do continente, nomeadamente o Burundi, o Quénia, o Ruanda e o Uganda, e o aparecimento de uma nova variante (1b), levaram a OMS a accionar o seu nível mais elevado de alerta sanitário mundial em 14 de agosto, uma vez que a RDC, é o país mais afectado pela nova variante, “a maior parte” das vacinas irá para esta nação, que faz fronteira com Angola, afirmou Tedros.