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“Vamos passar a consumir produtos feitos em Angola”, diz João Lourenço

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O Presidente da República, João Lourenço, manifestou-se satisfeito, Nesta sexta-feira, 02, com o aumento da produção nacional, que permite uma maior oferta de bens de consumo à população.

O Titular do Poder Executivo falava à imprensa após inaugurar, no Pólo Industrial de Viana, uma fábrica de montagem de electrodomésticos, com capacidade para 300 mil aparelhos diversos por dia.

“Saímos dessa visita bastante satisfeitos na medida em que este é o sinal de que a produção nacional começa a ganhar outra vida”, declarou o Chefe de Estado angolano.

Para João Lourenço, com essa fábrica, e não só, começa-se a ver que “em termos de produção industrial os empresários, quer nacionais quer estrangeiros, que operam em Angola, estão empenhados em aumentar a oferta de bens de consumo para as populações”.

“Esta fábrica produz uma gama de bens que têm uma grande procura doméstica. Estou a referir-me a televisores, arcas, geleiras e fogões, que eram quase que exclusivamente importados e, a partir desta e de outras fábricas, vai transformar essa realidade e passarmos a consumir produtos made in (feitos em) Angola”, disse.

O presidente enalteceu o facto de no sector agropecuário, nos últimos dois anos, os camponeses e fazendeiros responderam positivamente à necessidade de maior produção interna de bens alimentares.

O empreendimento por dentro

A unidade fabril, montada com tecnologia avançada, é propriedade da empresa angolana ICC, pioneira neste sector no país, e vai produzir, anualmente, 75 mil televisores, 50 mil fogões, 100 mil aparelhos de ar condicionado e 75 mil geleiras e arcas.

Com um investimento de USD 15 milhões, a fábrica vai assegurar uma produção de 75 por cento para o mercado nacional e 25 por cento para a exportação, podendo ser uma fonte de atracção de divisas para o país.

Geração de postos de trabalho

Localizada no Pólo Industrial de Viana, a fábrica ocupa uma área de 50 mil metros quadrados, gerando 110 postos de trabalho para nacionais e 10 para expatriados. Prevê aumentar esse número para 250 em 2021, para o aproveitamento máximo da capacidade da unidade fabril.

As obras de construção e montagem dos equipamentos iniciaram em Setembro de 2017 e terminaram em 2019, altura em que começaram os testes de produção.

Tem três linhas de montagem que são asseguradas por jovens, na sua maioria formados na referida firma.

Existem, em cada linha de produção, uma sala de controlo de qualidade, testes de fuga e de funcionamento com capacidade para 300 aparelhos de diversas categorias por dia.

A tecnologia de montagem, desde o parafuso, soldadura e aperto dos diversos componentes, é feita a rigor pelos trabalhadores que auguram garantir segurança e qualidade dos electrodomésticos.

Para garantir a comercialização dos bens, a firma montou uma rede de 30 lojas localizadas em todos os municípios de Luanda, com as denominações Hiperelectro (electrodomésticos), Hiperflex (colchões e acessórios), Hiper (tinta) e Hipertubo (tubos).

Perspectiva-se, a curto prazo, alargar a comercialização dos aparelhos para outros pontos do país.

A partir de sábado (03), os produtos da empresa já estarão à disposição do público para a comercialização, garantiu o director administrativo da fábrica, Francisco Epalanga.

A ICC, empresa de direito angolano do sector industrial, localizada em Luanda desde 1998, tem 697 trabalhadores, sendo 649 nacionais e 48 estrangeiros.

O grupo empresarial conta, também, com sete fábricas no município de Viana, destinadas à produção de espumas e de chapas desde 1998, tintas e tubos desde 2007, embalagens desde 2016, colchões de mola, desde 2018.

Neste ramo, a empresa detém a exclusividade de distribuição de 12 marcas, com destaque para Midea, Hisense, TCL, Clea, Toshiba e Electrolux.

O ministro do Comércio e Indústria, Victor Fernandes, sublinhou o facto de, aos poucos, o país aumentar a produção nacional de vários bens e serviços, bem como a redução das importações e a promoção das exportações.

Disse ser nesta perspectiva que se enquadra a iniciativa da ICC-Angola e outros projectos similares no Pólo Industrial de Viana e noutros pontos do país, que já apresentam resultados animadores.

“Muito ainda está por se fazer e o desafio será vencido”, vincou o governante.

Após o corte da fita e descerramento da placa, o Titular do Poder Executivo fez uma visita guiada às instalações da fábrica.

Por Angop




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